A solidão, reconhecida como uma epidemia moderna, afeta a saúde pública, associando-se a doenças graves. Especialistas pedem ações, como ministérios da solidão, para enfrentar essa crise crescente.
Recentemente, especialistas discutiram a solidão como um problema de saúde pública crescente, destacando sua relação com diversas condições de saúde, como doenças cardiovasculares e depressão. O cirurgião-geral dos Estados Unidos, Vivek Murthy, enfatizou em seu livro Together: The Healing Power of Human Connection in a Sometimes Lonely World que a solidão é um sinal de que precisamos de conexões sociais, uma necessidade básica para a sobrevivência humana.
A teoria de John Cacioppo, mencionada por Murthy, ganhou relevância após a pandemia de covid-19, quando o número de estudos sobre solidão aumentou. O psiquiatra Thyago Antonelli-Salgado, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explicou que a solidão pode ser um estímulo para que as pessoas busquem novas conexões sociais, essencial para a adaptação ao ambiente.
Entretanto, a solidão é mais prevalente atualmente, configurando-se como um grave problema de saúde pública. Um relatório de 2023, intitulado Our Epidemic of Loneliness and Isolation, aponta que a solidão está associada a riscos elevados de doenças como AVC, demência e morte prematura. Murthy comparou o impacto da desconexão social ao de fumar até quinze cigarros por dia.
O professor Jair Mari, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), destacou que a solidão ativa o sistema de defesa do organismo, podendo levar a doenças. Embora ainda não se tenha uma relação de causa e efeito definida, o crescente corpo de evidências tem gerado preocupação em vários países. O Japão, por exemplo, criou um "Ministério da Solidão", enquanto o Reino Unido nomeou uma secretária para lidar com a questão.
Durante o Congresso Brain 2024, Antonelli-Salgado apresentou a distinção entre isolamento social e solidão, sendo o primeiro uma redução nas relações sociais e a segunda uma percepção de privação. Ele também ressaltou que a solidão pode ser temporária e até benéfica, mas sua cronificação é prejudicial. A solidão pode ser um sinal de que a pessoa precisa se conectar, mas se essa conexão não ocorre, o problema se agrava.
Os especialistas sugerem que a atividade física pode ajudar a mitigar os efeitos da solidão, promovendo interações sociais e melhorando a saúde mental. É fundamental que a importância das conexões sociais seja ensinada desde a infância. Projetos que incentivem a criação de laços sociais e a promoção de atividades coletivas podem ser essenciais para combater a solidão e suas consequências. Nossa união pode fazer a diferença na vida de muitos que enfrentam esse desafio.
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