O ministro Alexandre de Moraes, do STF, votou a favor do pagamento do BPC a mulheres vítimas de violência doméstica, acompanhando o relator Flávio Dino. O julgamento pode redefinir a responsabilidade do INSS e da Justiça estadual.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, manifestou apoio à concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para mulheres vítimas de violência doméstica. Essa decisão se alinha à proposta do relator do tema 1.370, Flávio Dino, que também sugere a criação de auxílio-doença para aquelas que não puderem trabalhar devido a restrições impostas pela violência. O julgamento, que ocorre no plenário virtual da corte, deve ser concluído na próxima segunda-feira, dia 18.
Em seu relatório, Flávio Dino fundamentou sua posição no artigo 9º da Lei Maria da Penha, que garante proteção e apoio às mulheres em situação de violência. Ele destacou que o BPC seria destinado a mulheres que não são seguradas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e que se enquadram nos critérios de vulnerabilidade econômica, ou seja, pertencem a famílias de baixa renda.
Dino argumentou que o afastamento da mulher de suas atividades profissionais, quando ainda há risco à sua integridade física, deve ser tratado como uma questão previdenciária ou assistencial, dependendo da situação da segurada. Ele também esclareceu que, em casos de auxílio-doença, os primeiros quinze dias de afastamento devem ser custeados pelo empregador, enquanto autônomos que contribuem para o INSS terão o custeio por parte do instituto.
A Justiça estadual foi indicada como o foro competente para decidir sobre medidas protetivas e de renda, o que representa uma mudança significativa, já que ações contra a Previdência normalmente ocorrem na Justiça Federal. Especialistas em direito previdenciário afirmam que, mesmo com a decisão favorável, o pagamento do BPC não será automático e dependerá de decisão judicial.
A advogada Jane Berwanger, do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), que atua como amicus curiae no caso, acredita que não será necessária uma nova lei, mas o INSS deverá publicar uma portaria para regulamentar as medidas. O BPC, atualmente, é um benefício assistencial concedido a idosos e pessoas com deficiência, e sua expansão para mulheres vítimas de violência gera preocupações sobre o impacto financeiro nos cofres públicos.
Embora o julgamento ainda esteja em andamento, a possibilidade de ressarcimento ao INSS por parte dos agressores, conforme previsto na legislação, pode trazer um alívio financeiro. Nessa situação, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que ajudem as mulheres a se reerguerem e reconstruírem suas vidas após experiências traumáticas.
A artista azuLABula realizará um "passeio dançante" em Copacabana, hoje, às 18h, com bonecos que representam histórias de mulheres e violência, como parte da instalação "Oração às alienadas: ato V". A ação, que explora a relação entre corpo e memória, é resultado de uma pesquisa colaborativa e busca provocar reflexões sobre o estigma e a liberdade.
Projeto de Lei Complementar 9/2025 ameaça a carreira de pesquisadores em São Paulo, propondo um modelo precarizado que compromete a estabilidade e a qualidade da pesquisa científica. A comunidade científica se mobiliza contra a proposta, que ignora o diálogo e desvaloriza décadas de avanços em saúde e meio ambiente.
A oitava edição carioca do Mimo Festival ocorrerá nos dias 20 e 21, na Zona Norte, com shows de artistas renomados e rodas de conversa sobre cultura e literatura. O evento visa democratizar o acesso à cultura em áreas carentes.
Estão abertas as inscrições para um curso gratuito sobre inteligência artificial na cultura, promovido pela Fundação Itaú e ESPM-Rio, com foco em profissionais independentes. O curso, que ocorrerá de 18 de agosto a 27 de outubro, oferece 30 vagas, sendo 15 para ações afirmativas. Os participantes desenvolverão projetos autorais e poderão receber certificação ao final. As inscrições vão até 15 de julho.
A mostra “Reverbere” no centro cultural Futuros, no Flamengo, reúne 16 obras de 12 artistas, explorando humanidades, ecologia e espiritualidade, com entrada gratuita até 28 de setembro. A curadora Gabriela Maciel destaca que as obras refletem críticas e reivindicações sociais e ambientais, reverberando memórias e visões de futuro. Entre os destaques estão o ensaio fotográfico “Riviera Roquette Pinto” de Jerônimo de Moraes e o vídeo “Incorporação da água” de Roberta Lima. A exposição pode ser visitada de quarta a domingo, das 11h às 20h.
A Cia. Repentistas do Corpo apresenta o espetáculo "Quando Tudo Começou… Um Dia Fora do Tempo" nos dias 05 e 06 de julho, às 16h, no Teatro Paulo Eiró, com entrada gratuita. A montagem, inspirada no livro de César Obeid, explora mitos da criação de diversas culturas, promovendo uma reflexão sobre a relação com a natureza e a existência. A direção é de Sérgio Rocha e o elenco conta com artistas renomados da dança contemporânea.