Especialistas no Brain Congress 2025 pedem a criação de um protocolo para o tratamento da esquizofrenia no SUS, destacando a subutilização da clozapina e a necessidade de capacitação das equipes de saúde.

O tratamento da esquizofrenia no Brasil, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), necessita de um protocolo adequado, conforme apontado por especialistas durante o Brain Congress 2025, realizado em junho em Fortaleza. Os profissionais destacaram que a rede de saúde não aborda os transtornos mentais de forma específica. Ary Gadelha de Alencar Araripe Neto, professor e coordenador do Programa de Esquizofrenia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ressaltou a importância de aprimorar os recursos disponíveis, como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps), que promove um atendimento regionalizado e comunitário.
Os especialistas enfatizaram a necessidade de intervenções psicossociais e medicações específicas, como a clozapina, que é subutilizada no SUS. Gadelha afirmou que este antipsicótico é crucial para pacientes que não respondem a outros tratamentos, mas não há um protocolo nacional que defina seu uso. Ele alertou que a falta de uso da clozapina pode comprometer a eficácia do tratamento, já que estudos demonstram que o medicamento reduz a mortalidade e o risco de hospitalização.
O psiquiatra Raffael Massuda, professor da Universidade Federal do Paraná, compartilhou a mesma visão, defendendo a criação de um protocolo específico e a formação de equipes multiprofissionais para abordar as dificuldades enfrentadas pelos pacientes. O Ministério da Saúde, em nota, explicou que o uso da clozapina exige monitoramento rigoroso, incluindo exames laboratoriais periódicos e a assinatura de um Termo de Esclarecimento e Responsabilidade.
A esquizofrenia, um transtorno mental que afeta o pensamento, a emoção e o comportamento, geralmente se manifesta no final da adolescência ou início da idade adulta. Gadelha destacou que os homens tendem a desenvolver a doença mais cedo e com maior gravidade, enquanto nas mulheres a condição é mais tardia e menos severa. Embora não haja cura, os sintomas podem ser controlados com medicamentos que bloqueiam o excesso de dopamina, disponíveis no SUS.
Além do tratamento medicamentoso, o suporte multiprofissional é essencial para a reintegração social dos pacientes. Profissionais como psicólogos e terapeutas ocupacionais desempenham papéis fundamentais na recuperação. Contudo, o preconceito em torno da esquizofrenia, associado à falta de conhecimento, ainda é um grande obstáculo. Muitas pessoas com a condição enfrentam dificuldades de acesso a cuidados para outras doenças, aumentando o risco de complicações.
Sarah Nicolleli, fundadora da Associação Mãos de Mães de Pessoas com Esquizofrenia (Amme), destacou a necessidade de políticas públicas que apoiem tanto os pacientes quanto suas famílias. Ela enfatizou o sofrimento enfrentado por aqueles que não recebem o tratamento adequado. A união da sociedade civil pode ser um fator decisivo para melhorar a situação de pessoas com esquizofrenia e suas famílias, promovendo iniciativas que busquem apoio e recursos para essas causas.

O Instituto Apontar, referência no desenvolvimento de jovens com altas habilidades, expande sua atuação para outras regiões do Brasil, ampliando seu impacto social na educação. A instituição, que já atende 800 jovens no Rio de Janeiro, combina educação de excelência, apoio psicossocial e experiências culturais, contando com parcerias estratégicas para sustentar seu trabalho transformador.

A Prefeitura de São Paulo entregou 330.277 próteses dentárias entre 2020 e maio de 2025, reduzindo o tempo de espera de cinco anos para 28 dias, beneficiando adultos e idosos em situação vulnerável. Iniciativas como a Unidade Odontológica de Rua e atendimentos hospitalares têm transformado vidas, como a de Dona Laura, que superou a vergonha e agora trabalha após receber sua prótese.

L7nnon, rapper e ator, brilha na novela "Dona de Mim" como Ryan, um ex-detento que enfrenta preconceitos. Ele busca representar as dores de quem tenta recomeçar, desafiando estigmas sociais.

Cerca de cem entidades e 30 personalidades da saúde apresentarão um manifesto ao Congresso, solicitando aumento das taxas do imposto seletivo sobre produtos prejudiciais à saúde. O oncologista Drauzio Varella e a chef Rita Lobo estão entre os signatários. O objetivo é reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, açucaradas, ultraprocessados e tabaco, promovendo a saúde e aliviando o Sistema Único de Saúde (SUS). A reforma tributária, aprovada em 2023, está em fase de regulamentação, com a definição das alíquotas prevista para as próximas semanas.

O Brasil inaugura seu primeiro Centro de Competência em tecnologias de RNA, visando desenvolver vacinas e terapias inovadoras, com investimento de R$ 450 milhões para fortalecer o SUS. O projeto, anunciado por autoridades durante evento da OPAS, promete acelerar a produção nacional e ampliar o acesso a medicamentos na região.

Pesquisadores utilizam tomografia para digitalizar acervos arqueológicos, preservando virtualmente itens após incêndios devastadores em museus, como o do Instituto Butantan e o Museu Nacional. A digitalização garante a continuidade da pesquisa científica e a proteção do patrimônio cultural.