O RCGI finaliza projeto que usa espectrometria de massas e inteligência artificial para detectar contaminantes na produção de etanol, aumentando a eficiência e reduzindo custos. A tecnologia, coordenada por Carlos Alberto Labate, promete revolucionar o controle de contaminações em diversas indústrias.

O Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) está prestes a concluir um projeto que visa aprimorar a identificação de contaminantes na produção de etanol. Coordenado pelo professor Carlos Alberto Labate, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), o projeto utiliza espectrometria de massas para detectar bactérias que comprometem a eficiência do processo de fermentação da cana-de-açúcar.
A tecnologia emprega o equipamento Matrix-Assisted Laser Desorption/Ionization Time-of-Flight (Maldi-Tof), que já é amplamente utilizado na área da saúde para diagnósticos microbiológicos. Labate explica que, assim como em ambientes hospitalares, onde o Maldi-Tof permite a identificação rápida de microrganismos, a metodologia desenvolvida pelo RCGI busca trazer essa agilidade para o setor industrial.
Com essa nova abordagem, o tempo necessário para identificar contaminantes poderá ser significativamente reduzido em comparação aos métodos tradicionais. Isso permitirá que as usinas de etanol respondam de maneira mais eficaz à contaminação, otimizando o uso de antimicrobianos e insumos, o que é crucial para manter a produtividade.
Outro aspecto inovador do projeto é a integração de inteligência artificial (IA) no processo de análise. Atualmente, o Maldi-Tof identifica microrganismos isolados, mas os pesquisadores estão desenvolvendo modelos que permitirão a identificação de múltiplos contaminantes em uma única análise. Labate destaca que essa evolução pode levar à criação de sistemas automatizados que não apenas detectem, mas também sugiram medidas corretivas.
Além de beneficiar a produção de etanol, a tecnologia tem potencial para ser aplicada em outros setores, como alimentos, cervejas e carnes, que também enfrentam problemas de contaminação microbiana. A adaptação dessa tecnologia pode garantir maior segurança e eficiência na produção industrial.
O RCGI, um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado pela FAPESP e Shell, conta com a colaboração da Shell Brasil e da Raízen neste projeto. A inovação trazida por essa pesquisa pode inspirar a sociedade civil a apoiar iniciativas que visem a melhoria da eficiência industrial e a segurança alimentar, promovendo um ambiente mais seguro e produtivo para todos.

Uma mancha de óleo foi identificada no Rio Sarapuí, em Duque de Caxias, mobilizando técnicos do Inea e da prefeitura para contenção e monitoramento. A origem do vazamento ainda é desconhecida.

No painel da 9ª edição do Aberje Trends, especialistas discutiram os desafios da comunicação corporativa em ESG, abordando greenwashing e greenhushing, e a influência da COP30 nas estratégias das empresas.

Um estudo recente revela que a extinção em massa do Permiano-Triássico, há 252 milhões de anos, foi exacerbada pela perda de florestas tropicais, resultando em um estado de superestufa por cinco milhões de anos. Essa pesquisa destaca a importância dos biomas tropicais para o equilíbrio climático e alerta sobre os riscos de colapsos ecológicos em resposta a mudanças climáticas rápidas.

Ibama intensifica fiscalização no Porto de Santos para combater tráfico de biodiversidade. A Operação Travessia visa proteger espécies nativas em navios de cruzeiro rumo à Europa.

Estudo da Unesp alerta que mudanças climáticas podem reduzir áreas adequadas para cultivo da erva-mate de 12,25% para apenas 2,2% até o final do século, impactando a produção e o custo.

Paraisópolis, em São Paulo, enfrenta temperaturas até 8°C mais altas que áreas vizinhas, agravadas pela urbanização e escassez de água, impactando a saúde dos moradores. Especialistas alertam para os riscos das ondas de calor e a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura urbana.