Em 2024, as emissões globais de CO₂ atingiram 53,8 bilhões de toneladas, enquanto apenas 19 países atualizaram suas metas climáticas. O Brasil, sede da COP30, promete reduzir suas emissões em até 67%.
No ano em que o Brasil será sede da Conferência das Partes (COP30) em Belém, o mundo enfrenta desafios significativos para cumprir os compromissos do Acordo de Paris, assinado em 2016. O acordo estabelece que os países devem tomar medidas para limitar o aumento da temperatura global a 2°C, com a meta ideal de não ultrapassar 1,5°C. Contudo, as emissões de dióxido de carbono (CO₂) continuam a crescer, atingindo 53,8 bilhões de toneladas em 2024, um aumento de 1 bilhão de toneladas em relação ao ano anterior.
Apesar dos esforços diplomáticos, apenas dezenove dos 197 países que fazem parte da convenção da ONU sobre o clima atualizaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que são as metas voluntárias para a redução de emissões. O Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões entre 59% e 67% em relação a 2005, uma meta ambiciosa que visa inspirar outras nações a seguir o mesmo caminho. O Reino Unido também anunciou um corte de 81% em suas emissões, em comparação com os níveis de 1990.
As dificuldades enfrentadas nas negociações climáticas são exacerbadas por crises globais, como a guerra na Ucrânia e disputas comerciais, que dificultam a colaboração em questões ambientais. A analista ambiental Natalie Unterstell, do Instituto Talanoa, destaca que esses conflitos estreitam o espaço para acordos multilaterais, tornando mais desafiador o entendimento sobre a crise climática. A saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris durante a presidência de Donald Trump também impactou negativamente as negociações.
Mesmo que todas as NDCs atuais sejam cumpridas, as projeções indicam que a temperatura global pode aumentar entre 2,6°C e 2,8°C até 2100. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) estima que, se as emissões não forem contidas, o planeta poderá enfrentar um aumento de 3,1°C, resultando em eventos climáticos extremos ainda mais frequentes e intensos. A COP30 se apresenta como uma oportunidade crucial para que os países reavaliem suas metas e intensifiquem os esforços para combater as mudanças climáticas.
O Brasil espera que a China, como um dos maiores emissores de carbono, também estabeleça metas mais ambiciosas, contribuindo para um esforço global mais robusto. A expectativa é que a COP30 não apenas promova compromissos mais firmes, mas também incentive a ação coletiva em prol do meio ambiente. A urgência da situação climática exige que todos os países se unam para evitar uma degradação ambiental irreversível.
Nesta conjuntura, a mobilização da sociedade civil é fundamental. Projetos que visam apoiar iniciativas sustentáveis e promover a conscientização sobre a crise climática devem ser incentivados. A união em torno de causas ambientais pode fazer a diferença na luta contra as mudanças climáticas e na construção de um futuro mais sustentável para todos.
O Ministério da Agricultura criticou a meta do governo Lula de zerar o desmatamento ilegal até 2030, considerando-a inviável e desconectada da realidade, propondo a exclusão de ações do plano interministerial.
O Jardim Botânico de Brasília iniciará em agosto a remoção de pinheiros, espécies invasoras, substituindo-os por árvores nativas do Cerrado, visando a proteção do bioma e a segurança dos visitantes. A ação, respaldada pelo Plano de Manejo do Instituto Brasília Ambiental, é acompanhada de uma campanha educativa para informar a população sobre os riscos dos pinheiros, que comprometem a biodiversidade e aumentam o risco de incêndios.
A COP 30 em Belém enfrenta desafios significativos, com Tasso Azevedo alertando sobre a contradição entre a busca por um plano de eliminação de combustíveis fósseis e o interesse do Brasil em explorar petróleo na Margem Equatorial.
A COP30, que ocorrerá em Belém, enfrenta desafios logísticos e políticos, com expectativas de novas metas climáticas em um cenário geopolítico complicado, especialmente com a postura dos EUA sob Trump.
Cientistas alertam que a mineração em águas profundas pode causar danos irreversíveis a ecossistemas marinhos, com restauração levando milhares de anos. Propostas de proibição em áreas ricas em biodiversidade estão em discussão.
Ciclone se aproxima do Sudeste, trazendo chuvas intensas e risco de alagamentos. Inmet alerta para ventos fortes e deslizamentos em várias regiões do Brasil.