Cientistas alertam que a mineração em águas profundas pode causar danos irreversíveis a ecossistemas marinhos, com restauração levando milhares de anos. Propostas de proibição em áreas ricas em biodiversidade estão em discussão.
Cientistas que participam das discussões sobre regras internacionais para a mineração em águas profundas alertam que a restauração de ecossistemas marinhos danificados pode levar milhares de anos. O fundo do mar, considerado uma das últimas zonas selvagens do planeta, é alvo de empresas e países que buscam minerais essenciais para tecnologias emergentes, como os nódulos polimetálicos, ricos em cobalto, níquel, cobre e manganês, encontrados no Oceano Pacífico central.
Defensores dos oceanos expressam preocupações sobre a mineração, que pode causar perdas irreversíveis em ecossistemas pouco compreendidos. Durante uma reunião em Kingston, Jamaica, da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, cientistas europeus destacaram que a remoção de nódulos do fundo do mar pode resultar em danos permanentes. O projeto de pesquisa DEEP REST concluiu que não se sabe o que se perde com a mineração, apenas que é irrecuperável.
Jozee Sarrazin, pesquisadora do Instituto Francês de Ciências Oceânicas, afirmou que as tentativas de restauração até agora foram de curto prazo e não mostraram recuperação dos ecossistemas em um período de alguns anos. O coordenador do DEEP REST acrescentou que, se a restauração for possível, levará muito tempo, sem dados concretos para estimar se será em cem ou mil anos.
O fundo do oceano, apesar das condições adversas, abriga uma rica biodiversidade, com milhões de espécies ainda desconhecidas. Áreas do Oceano Pacífico que contêm nódulos polimetálicos são lar de fauna como esponjas e corais moles, que dependem desses nódulos para se fixar. A mineração e a dispersão de sedimentos reduzem a densidade populacional e a biodiversidade, resultando em tempos de recuperação que podem se estender por milhares de anos.
Pesquisas sobre restauração estão em andamento, mas os resultados ainda não são conclusivos. Sabine Gollner, bióloga do Instituto Real Holandês de Pesquisa Marinha, mencionou que nódulos artificiais foram criados e colocados em profundidades de cerca de quatro mil e quinhentos metros, mas os resultados levarão anos para serem avaliados. Os pesquisadores sugerem a proibição da extração de grandes depósitos de sulfeto, que abrigam biodiversidade única.
Os cientistas defendem a inclusão de metas de restauração nas negociações do código de mineração, mas com a ressalva de que, atualmente, não podem ser consideradas para atingir metas ambientais. A proteção dos ecossistemas marinhos é crucial, e a sociedade civil pode desempenhar um papel importante em apoiar iniciativas que visem a preservação desses habitats ameaçados.
Ibama participa de treinamento sobre emergências nucleares no IRD, promovendo integração com instituições como Defesa Civil e Exército. A ação visa aprimorar a resposta em situações críticas.
Barragem de Panelas II, em Pernambuco, recebe R$ 11,5 milhões para conclusão, com previsão de término em junho de 2024. A obra beneficiará mais de 200 mil pessoas e reforçará a segurança hídrica na região.
Representantes de 25 países propõem transferir a COP30 de Belém devido a diárias de hotéis exorbitantes, com preços multiplicados por dez, o que pode comprometer a participação de nações em desenvolvimento.
"Iracema - Uma Transa Amazônica" retorna aos cinemas em 4K, 50 anos após sua estreia, com Jorge Bodanzky ressaltando que a crítica social e ambiental do filme continua relevante. A obra, que retrata a exploração da Amazônia e a realidade indígena, é um alerta sobre as mudanças climáticas e a repetição de erros históricos.
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) completou setenta anos em 2024 e anunciou a meta de neutralidade de carbono até 2030, com matriz energética 100% renovável. A empresa desinvestiu R$ 1,2 bilhão em usinas térmicas, priorizando hidrelétricas, parques eólicos e solares.
Estudo alerta que até 47% da Amazônia pode alcançar um ponto de não retorno até 2050, devido a fatores como aquecimento e desmatamento, com riscos semelhantes em outras regiões do planeta. A urgência de ações é crítica.