Terceiro Setor

Três homens são presos por manterem vítimas em condições análogas à escravidão em Minas Gerais

Três homens foram presos em Planura, MG, por manterem um homem e uma mulher em condições análogas à escravidão. O MPT solicita R$ 1,3 milhão em indenizações por danos morais e verbas salariais.

Atualizado em
April 30, 2025
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Iniciais de patrões aliciadores foi tatuada na vítima para representar "posse", segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) — Foto: MTE/Divulgação

Três homens, com idades de 57, 40 e 24 anos, foram detidos em Planura, Minas Gerais, por manterem um homem e uma mulher em condições análogas à escravidão. O Ministério Público do Trabalho (MPT) solicitou R$ 1,3 milhão em indenizações, incluindo R$ 300 mil por verbas salariais e rescisórias, além de R$ 1 milhão por danos morais e R$ 2 milhões por danos morais coletivos. As vítimas foram aliciadas através de redes sociais com promessas de trabalho, moradia e alimentação.

O homem, de 32 anos, foi submetido a diversas violências, incluindo a obrigatoriedade de tatuar as iniciais dos patrões como símbolo de posse. Ele trabalhou por nove anos em condições degradantes, enquanto a mulher, uma transexual uruguaia de 29 anos, ficou em situação análoga à escravidão por seis meses. Os suspeitos, que formam um trisal, foram presos em flagrante pela Polícia Federal.

As investigações começaram após uma denúncia ao Disque 100, que relatou graves violações de direitos humanos, como trabalho forçado e cárcere privado. Durante a inspeção, os auditores do MPT confirmaram que as vítimas foram enganadas com promessas de emprego e acolhimento. O homem também foi alvo de violência sexual, que foi registrada em vídeo e usada para chantageá-lo.

Após a prisão dos acusados, as vítimas receberam assistência da Clínica de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e da Unipac, onde estão sendo atendidas com suporte médico, psicológico e jurídico. A situação das vítimas destaca a vulnerabilidade de pessoas LGBT+ em contextos de exploração e abuso.

Os acusados, que incluem um contador, um administrador e um professor, estão detidos na Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba. A ação civil pública do MPT visa não apenas a reparação das vítimas, mas também a responsabilização dos envolvidos por suas ações criminosas.

Esse caso evidencia a necessidade de apoio e proteção a indivíduos em situação de vulnerabilidade. A sociedade civil pode se mobilizar para ajudar a garantir que as vítimas recebam a assistência necessária e que iniciativas de prevenção e acolhimento sejam fortalecidas. A união em torno dessas causas pode fazer a diferença na vida de muitos que enfrentam situações semelhantes.

Globo.com
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