Tribunais de 13 estados, incluindo a Bahia, não estão cumprindo o prazo de 48 horas para analisar medidas protetivas da Lei Maria da Penha, com demoras que chegam a 16 dias, comprometendo a segurança das vítimas.
Quase duas décadas após a promulgação da Lei Maria da Penha, tribunais de Justiça de pelo menos treze estados estão descumprindo o prazo legal de 48 horas para analisar pedidos de medidas protetivas para mulheres em situação de violência. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelam que, em 2024, esse prazo chegou a 16 dias na Bahia. A legislação visa proteger mulheres em risco de violência doméstica e familiar, abrangendo diversas formas de agressão.
Além da Bahia, estados como Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Ceará, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraíba, Alagoas, Piauí, São Paulo, Pernambuco e Sergipe também não estão cumprindo o prazo estabelecido. Especialistas alertam que a demora na concessão das medidas protetivas compromete a segurança das vítimas, que muitas vezes estão em risco iminente de feminicídio.
A juíza e conselheira do CNJ, Renata Gil, destaca que a principal dificuldade para o cumprimento do prazo é a falta de varas especializadas. Aproximadamente 40% das comarcas no Brasil operam como juízo único, acumulando diversas demandas. Ela também menciona que, em alguns casos, a lentidão se deve a pedidos com informações incompletas, o que atrasa a análise.
Os dados do CNJ indicam que a média de tempo para análise de pedidos no país é de quatro dias, bem acima do limite legal. A Bahia se destaca pela maior demora, com o Tribunal de Justiça do estado afirmando que a média atual é de 15 dias, influenciada por registros com códigos incorretos. No entanto, não foram apresentadas ações concretas para reduzir esse tempo.
Viviane Luchini, defensora pública do Núcleo de Defesa da Mulher da Bahia, mencionou que uma reunião foi realizada para discutir a questão, abordando o preenchimento incorreto de dados. A presidente da Comissão de Proteção aos Direitos da Mulher da OAB-BA, Fernanda Graziella Bispo Barbosa, também ressaltou a escassez de varas especializadas como um entrave significativo para a agilidade na concessão das medidas.
Com a sanção do Pacote Antifeminicídio em 2024, a penalidade para o descumprimento da lei foi ampliada, passando de três meses a dois anos de detenção para dois a cinco anos de reclusão. Apesar dos avanços, ainda há resistência em conceder medidas protetivas em casos de violência psicológica e patrimonial. Nessa situação, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que garantam a proteção e os direitos das mulheres em situação de vulnerabilidade.
Hospital Nove de Julho atinge 10 mil cirurgias robóticas, sendo pioneiro na América Latina. O foco em treinamento e tecnologia minimamente invasiva melhora a recuperação e qualidade de vida dos pacientes.
Entre 3 e 13 de julho, São Paulo sediará o São Paulo Audiovisual Hub — Mostra Paulo Gustavo, promovido pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas. O evento, parte do Plano de Desenvolvimento da Indústria Audiovisual Paulista, oferecerá workshops, masterclasses e rodadas de negócios, com foco na formação e internacionalização do setor. Com 490 vagas em oficinas e 32 para projetos audiovisuais, a iniciativa visa consolidar São Paulo como um polo global de audiovisual, gerando emprego e conectando profissionais ao mercado.
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e o Banco do Brasil iniciam capacitação técnica para projetos de crédito de carbono, visando conservação florestal e práticas agrícolas sustentáveis. A parceria busca impulsionar investimentos e reduzir desigualdades regionais, promovendo um mercado de carbono mais estruturado no Brasil.
Em 2025, Vania Galha destaca a urgência de discutir a sexualidade de pessoas autistas, enfatizando a educação sexual desde a infância para promover autonomia e dignidade. A invisibilidade da sexualidade aumenta a vulnerabilidade a abusos.
Coletivo Passarema, formado por Davi Melo, Sabiá Canuto e Fernando Chaflera, traz a arte de cordel ao DF com mais de 50 obras que retratam o Cerrado e promovem oficinas culturais. O grupo, que se destaca por suas narrativas únicas, busca resgatar a tradição nordestina e engajar a comunidade em eventos interativos, ampliando a apreciação dessa forma de arte.
Anásia Brandão, após mais de dois anos, voltou a nadar em piscina, graças a um evento do CER II de Taguatinga, que promove a inclusão de pacientes com estomias, combatendo o preconceito.