ICMBio autorizou a comunidade Guarani Mbya a ocupar a Reserva Biológica Bom Jesus, gerando polêmica sobre a proteção das áreas de conservação integral e os direitos indígenas. A ocupação pode comprometer a biodiversidade.
Recentemente, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) autorizou a comunidade Guarani Mbya a ocupar a Reserva Biológica Bom Jesus, o que gerou polêmica sobre a proteção das áreas de conservação integral. O debate sobre a ocupação de unidades de conservação por grupos indígenas levanta questões sobre a coexistência entre a proteção ambiental e os direitos dos povos originários, ambos garantidos pela Constituição brasileira.
Um artigo publicado na Folha de S.Paulo argumenta que práticas extrativistas dos povos indígenas são essenciais para a preservação ambiental. No entanto, a ocupação permanente de unidades de conservação de proteção integral não é compatível com os objetivos de preservação. As unidades de conservação devem ser mantidas livres de intervenções humanas diretas para garantir a integridade dos ecossistemas.
Estudos demonstram que a presença contínua de humanos, mesmo com práticas tradicionais, pode levar à simplificação ecológica e à redução da biodiversidade. Por exemplo, na Amazônia, apenas 227 das cerca de 16 mil espécies de árvores são responsáveis por metade dos indivíduos, resultado de uma "filtragem humana" que simplificou a floresta ao longo do tempo.
As unidades de conservação de proteção integral, como parques nacionais e reservas biológicas, têm como objetivo preservar processos naturais sem a interferência humana. O modelo de gestão de parques, como o Parque Nacional de Yellowstone, é um exemplo de como a presença humana deve ser restrita a atividades de turismo responsável, respeitando regras rigorosas.
A recente decisão do ICMBio de permitir a ocupação da Reserva Biológica Bom Jesus por indígenas é vista como uma inversão de prioridades, onde a proteção das áreas naturais é sacrificada em prol de interesses individuais. A preservação de áreas intocadas é fundamental, não apenas para a conservação da biodiversidade, mas também como um compromisso ético com as futuras gerações.
Em tempos de crise ambiental, é essencial que a sociedade brasileira compreenda a importância das unidades de conservação de proteção integral. A defesa dessas áreas deve ser uma prioridade, e iniciativas que promovam a preservação e a recuperação da biodiversidade precisam ser apoiadas. A união da sociedade civil pode fazer a diferença na proteção do nosso patrimônio natural e cultural.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) se prepara para a COP 30 com novos produtos financeiros, como o fundo "Colabora" e a iniciativa "Reinveste mais", visando mobilizar recursos para a agenda climática. O presidente Ilan Goldfajn destacou a importância de unir carteiras de bancos locais para atrair investidores internacionais, mesmo diante do recuo dos Estados Unidos na agenda climática. O BID busca enfrentar os desafios do financiamento climático e aumentar a entrada de capital privado em mercados emergentes.
Uma faixa de instabilidade causará chuvas intensas e queda de temperatura no Brasil, com geadas no Sul. O Inmet alerta para riscos de alagamentos e danos à saúde devido ao frio.
A perereca-da-fruta (Xenohyla truncata), espécie ameaçada, foi avistada na APA Maricá, destacando-se como polinizadora e dispersora de sementes, durante o Programa Vem Sapear, coordenado por Rafael Mattos.
Pesquisadores revelam que óxidos de ferro em manguezais estabilizam carbono orgânico, oferecendo novas perspectivas para mitigar mudanças climáticas e proteger esses ecossistemas vitais. O estudo destaca a importância da conservação e do uso sustentável do solo.
A Rua Gonçalo de Carvalho, em Porto Alegre, foi reconhecida como Patrimônio Histórico, Cultural, Ecológico e Ambiental após mobilização comunitária contra construção que ameaçava suas árvores centenárias.
Empresas de energias renováveis no Brasil valorizaram 25% entre 2018 e 2022, superando as de fósseis, segundo estudo da PwC. A pesquisa destaca a resiliência e o crescente interesse de investidores no setor.