A pesquisa da Cátedra Oscar Sala da USP revela que apenas sete universidades brasileiras têm diretrizes para o uso de inteligência artificial, evidenciando a urgência de regulamentação na educação superior.

Lançado em novembro de 2022, o ChatGPT e outras ferramentas de inteligência artificial generativa (IAG) têm revolucionado a produção de conhecimento nas instituições de ensino superior. Embora inicialmente considerado um simples chatbot, o modelo evoluiu para um sistema que pode produzir, revisar e analisar textos, além de realizar pesquisas complexas na internet. Contudo, a rápida adoção dessas tecnologias não foi acompanhada por diretrizes claras para seu uso nas universidades brasileiras.
Uma pesquisa da Cátedra Oscar Sala da Universidade de São Paulo (USP) revelou que apenas sete universidades brasileiras possuem diretrizes para o uso de IAG. O estudo analisou mais de 150 instituições, incluindo universidades federais, estaduais e particulares, e encontrou apenas sete documentos relevantes. As universidades que se destacam nesse aspecto são a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e Centro Universitário SENAI Cimatec.
A UFMG, por exemplo, criou uma comissão permanente de inteligência artificial que não apenas elaborou regras, mas também está disponível para esclarecer dúvidas e promover eventos. Outras instituições, como a UFBA e a PUC-PR, desenvolveram guias detalhados sobre o uso da IAG, enquanto a UFG integrou regras sobre o uso de IA em seu guia de integridade acadêmica. Apesar desses avanços, a maioria das universidades ainda carece de regulamentação, o que gera um ambiente de insegurança jurídica e pedagógica.
A ausência de diretrizes claras afeta tanto docentes quanto discentes. Professores enfrentam dificuldades em avaliar trabalhos, temendo contestações legais ao atribuir notas zero por suspeitas de uso indevido de IAG. Para os alunos, o medo de punições por plágio pode levar ao uso oculto dessas ferramentas, impedindo o aprendizado sobre o uso ético da tecnologia. Essa situação cria um ciclo de incertezas que prejudica a formação acadêmica e profissional.
Além disso, a falta de regulamentação expõe a comunidade acadêmica a riscos relacionados à privacidade e à propriedade intelectual. Dados sigilosos inseridos em plataformas de IAG podem ser utilizados de forma inadequada, violando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A desigualdade no acesso e no letramento digital também se torna evidente, com aqueles que dominam as ferramentas se destacando em relação aos que não têm essa habilidade.
Para enfrentar esses desafios, é fundamental que as universidades brasileiras adotem uma abordagem regulatória focada na ética e na pedagogia. A criação de comitês multidisciplinares para desenvolver políticas claras sobre o uso de IAG é essencial. A união da comunidade acadêmica pode promover um ambiente mais seguro e produtivo, onde todos tenham a oportunidade de aprender a utilizar essas tecnologias de forma responsável e inovadora.

A Faculdade Sesi de Educação oferece inscrições para um curso gratuito de pós-graduação em Educação Matemática, com início em setembro de 2025, visando formar 26 mil professores até 2034. O curso, com 360 horas de duração, será presencial em diversas cidades de São Paulo e busca aprimorar o ensino da matemática, abordando a defasagem no aprendizado dos estudantes. As inscrições vão até 2 de julho e são voltadas para educadores da rede estadual e do Sesi-SP.

Trinta alunas do ensino médio no Distrito Federal vão assumir cargos de liderança por um dia, promovendo empoderamento feminino e equidade de gênero. O projeto Meninas em Ação começa em 10 de outubro.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz oferece dezoito cursos online gratuitos na área da saúde, com carga horária de um a vinte horas e certificado digital. Inscrições abertas até dezembro.

Adolescentes com apoio emocional dos pais apresentam melhor autocontrole e menos infrações. Pesquisa da USP analisa 2 mil jovens e destaca a importância do vínculo familiar na redução de comportamentos delinquentes.
Está confirmado o 1º Encontro Distrital de Educação na Saúde: Inovação e Tecnologia, promovido pela Escola de Saúde Pública do Distrito Federal (ESP/DF) nos dias 20 e 21 deste mês. O evento, com inscrições gratuitas, visa debater práticas inovadoras na educação em saúde, reunindo profissionais, estudantes e instituições. Com 16 horas de atividades, a programação abrange palestras e discussões sobre o futuro digital da saúde e boas práticas. A diretora da ESP/DF, Fernanda Monteiro, destaca a importância do diálogo entre inovação e práticas formativas.

IgesDF capacita profissionais sobre direitos sociais de pessoas com autismo. O curso, realizado no Hospital Regional de Santa Maria, aborda legislações e estratégias de atendimento, com novas turmas programadas para abril.