Impacto Social

USP inaugura polo da Reclone para fornecer biomateriais gratuitos a pesquisadores brasileiros

A Universidade de São Paulo (USP) será o primeiro polo da Reagent Collaboration Network (Reclone) no Brasil, focando na produção e distribuição gratuita de biomateriais. A iniciativa, que já atua em mais de 50 países, visa democratizar o acesso a reagentes essenciais para a pesquisa biológica, reduzindo custos e promovendo inovação. O projeto, liderado pela professora Andrea Balan e pelo professor Marko Hyvönen, também incluirá treinamentos para capacitar pesquisadores na produção de enzimas.

Atualizado em
July 7, 2025
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A Reclone pretende distribuir kits para que laboratórios em todo o Brasil possam desenvolver as suas próprias enzimas a baixo custo (imagem: Freepik)

A Universidade de São Paulo (USP) será a primeira instituição no Brasil a abrigar um polo da Reagent Collaboration Network (Reclone). O objetivo é produzir e distribuir biomateriais gratuitamente para pesquisadores, laboratórios e universidades em todo o país. A Reclone, que já atua em mais de cinquenta países, visa facilitar o acesso a reagentes e ferramentas de baixo custo na área de biológicas, promovendo a inovação e o conhecimento.

Andrea Balan, professora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP) e uma das líderes do projeto, destacou que muitos materiais essenciais, como enzimas e marcadores de proteína e DNA, são caros e consomem grande parte dos recursos de pesquisa. A instalação do polo na USP é parte de um projeto financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que começou a ser desenvolvido em 2025.

O professor Marko Hyvönen, da University of Cambridge, também está envolvido na iniciativa. Ele trouxe uma coleção de enzimas da rede, e o primeiro passo será distribuir esses materiais para pesquisadores interessados. Além disso, o polo da USP se dedicará à produção de enzimas-chave de biologia molecular, tanto para uso interno quanto para outras instituições.

O projeto inclui a criação de protocolos para a produção de enzimas essenciais, a oferta de cursos e a distribuição de kits para laboratórios em todo o Brasil. Balan enfatizou que a intenção é levar esses recursos a locais com pouco financiamento, promovendo assim mais pesquisas biológicas e biomédicas.

Hyvönen ressaltou a importância de ouvir as necessidades dos pesquisadores para beneficiar tanto a pesquisa quanto o ensino na USP. A partir das interações com a comunidade científica, o polo brasileiro pretende colaborar com a rede global da Reclone, ampliando a oferta de materiais biológicos e desenvolvendo novas ferramentas necessárias para a pesquisa.

Além disso, o polo planeja contribuir com a estrutura latino-americana da Reclone, participando de iniciativas conjuntas. A colaboração entre os centros da Argentina, Chile e Peru, que já trabalham com a rede, é um exemplo de como a união pode fortalecer a pesquisa biomédica na região. Projetos como esse devem ser apoiados pela sociedade civil, pois podem impactar significativamente a pesquisa e a inovação no Brasil.

Agência FAPESP
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