Casos de gripe aumentam drasticamente, com internações subindo até 373% em algumas regiões. A adesão à vacina está em apenas 32%, muito abaixo da meta de 90%, exigindo ação imediata das autoridades.

Ninguém deve se surpreender com o aumento dos casos de gripe, que, como é sabido, causa surtos anuais. As emergências estão novamente lotadas, com leitos hospitalares ocupados por pacientes que poderiam ser evitados. A vacina, disponível gratuitamente na rede pública, é a principal proteção contra hospitalizações e mortes. Contudo, a adesão à vacinação está alarmantemente baixa, com apenas trinta e dois por cento da população vacinada, muito aquém da meta de noventa por cento estabelecida pelo Ministério da Saúde.
No início de maio, o boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), já indicava um aumento nas internações por influenza em várias regiões. Desde então, a situação se agravou. O boletim mais recente revela que o vírus está se espalhando rapidamente pela maior parte do país. Dados do jornal O Globo mostram que, entre março e abril, os casos de síndrome respiratória aguda grave provocados por influenza aumentaram drasticamente: 373% no Amazonas, 335% em Santa Catarina, 311% em São Paulo, 277% no Paraná, 218% no Rio Grande do Sul e 141% na Bahia. No Rio de Janeiro, as internações por influenza cresceram 270%.
A campanha nacional de vacinação contra a gripe começou em abril, focando em crianças pequenas, gestantes e idosos. Apesar de estar em andamento nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste, a adesão ainda não decolou. O Ministério da Saúde informou que mais de cinquenta e um milhões de doses foram distribuídas aos estados, mas muitas delas estão encalhadas nos postos de saúde devido à falta de interesse, problemas de gestão, dificuldades de acesso e desinformação.
É inaceitável que os prontos-socorros e hospitais estejam sobrecarregados com uma doença que pode ser prevenida com a vacina. O Brasil já enfrenta sérias carências na saúde, e a falta de leitos é um problema recorrente. Além disso, é contraditório que o governo invista em vacinas que muitas vezes acabam sendo descartadas por perderem a validade, enquanto gasta ainda mais com internações que poderiam ser evitadas.
A situação exige atenção de todos: governo federal, estados, prefeituras e sociedade. O Ministério da Saúde deve intensificar as campanhas educativas, ressaltando a importância da vacinação e combatendo a desinformação que circula nas redes sociais. Os municípios, responsáveis pela aplicação das vacinas, precisam ser mais proativos, levando as doses a locais de grande circulação, como estações de metrô e terminais de ônibus, ou utilizando postos móveis.
Embora muitas pessoas minimizem a gravidade da influenza em meio a outras doenças, é crucial lembrar que ela pode causar sérios problemas de saúde. A prevenção é fundamental e não gera custos. Nessa situação, a união da sociedade pode fazer a diferença, ajudando a garantir que todos tenham acesso à vacinação e, assim, evitando hospitalizações e mortes desnecessárias.

Estudo da Unicamp revela que musculação protege o cérebro de idosos com comprometimento cognitivo leve. A pesquisa, publicada na revista GeroScience, mostra que a prática regular melhora a memória e a anatomia cerebral, reduzindo o risco de demência. Os participantes que se exercitaram apresentaram proteção contra atrofia em áreas cerebrais críticas, enquanto o grupo-controle teve piora. Os pesquisadores destacam a importância de incluir educadores físicos na saúde pública como uma alternativa acessível e eficaz para prevenir doenças graves.

O programa “O câncer não espera. O GDF também não” já atendeu mais de 160 pacientes no Distrito Federal desde sua implementação, com a meta de 1,3 mil novos tratamentos em três meses. A iniciativa visa otimizar o atendimento oncológico e reduzir filas.

Um levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia revelou um aumento de 63% nos exames de glaucoma no SUS entre 2019 e 2024, destacando desigualdade regional. O Dia Nacional do Combate ao Glaucoma será celebrado em 26 de maio, com transmissão ao vivo no evento "24 horas pelo glaucoma".

A Câmara dos Deputados regulamenta as funções de Agente Indígena de Saúde e Saneamento. A proposta aprovada exige que os profissionais sejam indígenas, residentes na comunidade, e tenham formação específica. O prazo para adequação às novas regras foi ampliado para quatro anos, visando facilitar o acesso à saúde nas comunidades. A contratação seguirá as normas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A proposta ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça e pelo Senado.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal lançará o primeiro Mestrado em Políticas Públicas voltado para Práticas Integrativas em Saúde, com investimento de R$ 21,6 milhões até 2028. A iniciativa, parte do "Colab-PIS", visa fortalecer a formação e pesquisa na área, consolidando o SUS do DF como referência nacional.

A tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que causa hipotireoidismo, é frequentemente subdiagnosticada, especialmente em mulheres de 30 a 50 anos. O tratamento com levotiroxina melhora a qualidade de vida.