O presidente Lula vetou 63 trechos do PL 2.159/2021, conhecido como PL da devastação, mas a luta agora é para que o Congresso mantenha esses vetos, diante da pressão de setores contrários à proteção ambiental.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vetou sessenta e três trechos do projeto de lei 2.159/2021, conhecido como PL da devastação. As entidades que defendem o meio ambiente celebraram a decisão, mas alertam que a luta agora se concentra no Congresso Nacional. O cientista político Marcos Woortmann, do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), enfatizou que a manutenção dos vetos é crucial, pois há pressão de setores que desejam reverter essas decisões.
Woortmann destacou que os parlamentares têm demonstrado pouco interesse pela ciência e pelas demandas da população, que clama por uma legislação ambiental mais rigorosa. Ele afirmou: "Os vetos são uma vitória de uma luta que continua. A batalha agora é que os vetos não sejam derrubados no Congresso." A situação é tensa, com ameaças de pautar a anistia, o que poderia comprometer a proteção ambiental.
A diretora de Políticas Públicas do SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, também expressou preocupação com a possibilidade de derrubada dos vetos. O veto integral ao artigo 66, que retirava do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a prerrogativa de analisar a supressão de vegetação das matas primárias, foi considerado um avanço significativo. Malu ressaltou a importância da manutenção desses vetos para garantir a proteção das florestas remanescentes da Mata Atlântica.
Ela afirmou que a preservação das florestas é vital para a biodiversidade e para os serviços ecossistêmicos que essas áreas oferecem, como a contenção da erosão e a segurança climática. Com a COP 30 se aproximando, a luta pela proteção do bioma se torna ainda mais urgente. Malu concluiu que a sociedade civil deve permanecer mobilizada para garantir que os vetos sejam mantidos.
Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, comentou que a avaliação dos vetos será feita em etapas, dependendo da análise dos textos que compõem a legislação. Ele observou que o governo reconheceu os riscos do PL original, mas a verdadeira correção dos problemas só será visível após a publicação dos textos relacionados aos vetos e à nova medida provisória.
A mobilização da comunidade científica e da sociedade civil é fundamental para garantir a proteção ambiental no Brasil. A luta continua no Congresso, onde a pressão por mudanças pode impactar diretamente o futuro das florestas e da biodiversidade. Em momentos como este, a união da sociedade pode fazer a diferença, ajudando a fortalecer iniciativas que visem à proteção do meio ambiente e à preservação dos nossos recursos naturais.

Cristian Morales, da OPAS/OMS, destacou na Conferência Global sobre Clima e Saúde em Brasília os riscos da crise climática à saúde, com 44 milhões na América Latina ameaçados pela pobreza extrema. O Brasil anunciou o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima do Setor Saúde e o Programa Brasil Saudável.
O Ibama iniciou a Operação Metaverso 2025 em Minas Gerais, resultando em 26 notificações e 13 suspensões de empresas madeireiras, além da apreensão de 4,5 mil metros cúbicos de madeira irregular, com multas potenciais de R$ 1,3 milhão.

Especialistas na COP 30 Amazônia afirmam que investimentos sustentáveis são financeiramente viáveis e essenciais para enfrentar as mudanças climáticas. O evento destacou a importância de financiar tanto a mitigação quanto a adaptação.

Um novo projeto de energia solar foi lançado, com previsão de aumentar a capacidade de geração em trinta por cento em dois anos, impulsionado por investimentos privados e apoio governamental.

Belém sedia o XVII Fórum Nacional de Governadores, onde serão definidas as contribuições dos estados para a COP 30, que ocorrerá de 10 a 21 de novembro, reunindo mais de 190 países. O evento, que começa às 10h no Parque da Cidade, contará com a presença de governadores e autoridades, abordando temas como descarbonização e justiça ambiental.

Fim do fenômeno La Niña foi declarado pela NOAA, com 38% de chance de retorno. Espera-se clima instável no Brasil, com chuvas irregulares e diminuição nas precipitações no Norte e Nordeste.