Especialistas na COP 30 Amazônia afirmam que investimentos sustentáveis são financeiramente viáveis e essenciais para enfrentar as mudanças climáticas. O evento destacou a importância de financiar tanto a mitigação quanto a adaptação.

Durante a COP 30 Amazônia, especialistas discutiram a viabilidade financeira de investimentos sustentáveis e a importância de financiar tanto a mitigação quanto a adaptação às mudanças climáticas. O evento, promovido pelos jornais O GLOBO e Valor Econômico e pela rádio CBN, contou com a presença de Tatiana Assali, da Environmental Resources Management (ERM), Caroline Dihl Prolo, da fama re.capital, e Marcelo Barbosa Saintive, presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes).
Tatiana Assali destacou que a transição para uma economia de baixo carbono deve ser impulsionada por argumentos financeiros. Ela afirmou que é essencial demonstrar que investir em projetos sustentáveis é viável e lucrativo. “Precisamos que o setor financeiro mostre que trabalhar com finanças sustentáveis é um bom negócio”, enfatizou.
Caroline Dihl Prolo acrescentou que o foco dos investimentos não deve se restringir apenas a soluções verdes, mas também incluir negócios que buscam melhorar seus processos para reduzir impactos ambientais. “É possível investir no que é cinza e transformar isso em verde”, disse, ressaltando a necessidade de um pragmatismo na gestão de recursos.
Marcelo Barbosa Saintive, por sua vez, afirmou que os bancos de desenvolvimento têm um papel crucial em preencher lacunas que o mercado privado não consegue atender. Ele explicou que o Bandes atua como agente financeiro de políticas públicas, ajudando a implementar planos de adaptação às mudanças climáticas no Espírito Santo.
Assali também mencionou que, em 2023, noventa e quatro por cento do financiamento climático foi destinado à mitigação, indicando uma necessidade urgente de equilibrar os investimentos entre mitigação e adaptação. “Precisamos mitigar e adaptar em paralelo, pois o tempo para agir separadamente já passou”, alertou.
O evento COP 30 Amazônia, que contou com o apoio de diversas instituições, reforça a importância de unir esforços para enfrentar os desafios climáticos. A mobilização da sociedade civil é fundamental para apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade e a adaptação às mudanças climáticas, contribuindo para um futuro mais resiliente e sustentável.

Quatro araras-canindé foram reintroduzidas no Parque Nacional da Tijuca, após 200 anos de extinção na região. O projeto, apoiado pelo ICMBio, visa a adaptação das aves antes da soltura completa em seis meses.

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e o Governo do Amapá iniciaram a desobstrução do Canal do Gurijuba, com investimento de R$ 9 milhões, para restaurar a navegabilidade e apoiar comunidades isoladas pela estiagem. A ação, que abrange 11 quilômetros do canal, visa melhorar o acesso e as atividades essenciais, como pesca e transporte, nas comunidades afetadas. A operação deve durar cerca de quatro meses e será realizada pela Secretaria de Estado de Transportes (Setrap).

A exposição a poluentes atmosféricos e temperaturas extremas está ligada ao aumento de consultas por dermatite atópica em adultos, segundo uma metanálise recente. A pesquisa destaca a necessidade de diretrizes de saúde pública atualizadas.

Na Barragem de Queimados, em São Sebastião, a Polícia Militar Ambiental apreendeu 230 metros de redes de pesca e 78 peixes irregulares, resultando na detenção de três homens. A ação, realizada no último domingo (17/8), visa proteger a biodiversidade aquática e o equilíbrio dos ecossistemas locais.

O Brasil se destaca como potencial líder na produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF), com a AYA Earth Partners e PwC unindo forças para expandir essa cadeia produtiva. A iniciativa pode gerar até 900 mil empregos e reduzir 54 milhões de toneladas de emissões de gases de efeito estufa até 2035.

O governo brasileiro busca garantir preços acessíveis para países vulneráveis na COP30, em Belém, enquanto enfrenta críticas sobre a alta de hospedagem que pode comprometer a participação de delegações.