Xadalu Tupã Jekupé, artista guarani, participou da 11ª Exposição UGT na Avenida Paulista, abordando temas indígenas e ambientais, refletindo sobre resistência cultural e história. A mostra, que vai até o final de maio, destaca a arte como forma de reviver e preservar a cultura indígena.
O artista indígena guarani Xadalu Tupã Jekupé, de 40 anos, participou da 11ª Exposição UGT, realizada na Avenida Paulista, em São Paulo. A mostra, que começou no dia 1º de maio e vai até o dia 31 deste mês, traz obras que discutem temas indígenas e ambientais, refletindo sobre a resistência cultural de seu povo. Xadalu, que começou sua trajetória artística com grafites e adesivos, destaca a importância de sua arte gráfica, que incorpora elementos da cultura guarani e da estética barroca jesuíta.
Durante sua passagem por São Paulo, Xadalu comentou sobre a exposição, que ocupa a calçada da Avenida Paulista com trinta grandes painéis coloridos. As obras estão dispostas do lado esquerdo da avenida, no sentido Consolação-Paraíso, e incluem imagens que misturam linguagens urbanas com temáticas tradicionais, como a natureza e divindades. O artista enfatiza que sua arte busca repovoar um território que já foi seu, mas onde a presença indígena é escassa.
Nascido em uma aldeia guarani no Pampa, Xadalu cresceu em Alegrete, a 500 quilômetros de Porto Alegre. Ele compartilha que sua identidade indígena sempre foi central em sua vida, apesar das dificuldades enfrentadas, como a catequização e o apagamento cultural promovido por colonizadores. Xadalu menciona que a história de seu povo é marcada por conflitos e resistência, especialmente durante a Guerra Guaranítica, que resultou na perda de terras e na marginalização da cultura indígena.
Após se mudar para Porto Alegre, Xadalu enfrentou desafios, incluindo a falta de moradia e o rompimento com a natureza. No entanto, encontrou na arte urbana uma forma de expressar sua identidade e lutar contra o apagamento cultural. Seus grafites chamaram a atenção e lhe renderam uma bolsa para um curso de serigrafia, onde começou a criar adesivos que se tornaram populares na cidade.
O reconhecimento de seu trabalho veio após um encontro com o curador Paulo Herkenhoff, que o incentivou a expor suas obras em galerias. Desde então, Xadalu participou de exposições internacionais e ganhou prêmios, mas continua a compartilhar seu sucesso com sua comunidade, contribuindo para a preservação da cultura guarani. Ele acredita que a arte contemporânea está se fortalecendo nas aldeias, refletindo uma nova onda de expressão cultural.
Xadalu expressa seu desejo de construir uma biblioteca no Pampa, reafirmando seu compromisso com suas raízes. Ele destaca que ser indígena na cidade é um ato de resistência contínua. A trajetória de Xadalu é um exemplo de como a arte pode ser uma ferramenta poderosa para a valorização cultural. Iniciativas que apoiam artistas indígenas e promovem a cultura local são essenciais para fortalecer essas vozes e garantir que suas histórias sejam contadas e respeitadas.
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