A Zózima Trupe estreia em 2025 "A (Ré)tomada da Palavra ou A Mulher que Não se Vê", abordando a exclusão de mulheres negras com deficiência no transporte público. A peça homenageia Rosa Parks e Flávia Diniz, destacando opressões contemporâneas. Com dramaturgia de Shaira Mana Josy e Piê Souza, e direção de Anderson Maurício, o espetáculo critica a crueldade do sistema capitalista. A programação gratuita ocorrerá em locais públicos, reafirmando o compromisso da trupe com a arte inclusiva e provocativa.
O novo espetáculo da Zózima Trupe, intitulado "A (Ré)tomada da Palavra ou A Mulher que Não se Vê", estreia em 2025 e aborda a exclusão de mulheres negras com deficiência no transporte público. A peça homenageia Rosa Parks e Flávia Diniz, trazendo à tona questões de opressão e inclusão. A trama se inicia com uma mulher negra em cadeira de rodas que acena para um ônibus, mas é ignorada pelo motorista, simbolizando a realidade enfrentada por muitas pessoas.
Com dramaturgia de Shaira Mana Josy e Piê Souza, e interpretação da performer Ma Devi Murti, a obra narra a história de Rosa, uma trabalhadora da limpeza que se depara com a cena de exclusão. Ao insistir para que o motorista pare e descer para ajudar a passageira, Rosa encontra apenas uma cadeira de rodas vazia, evocando memórias de violência histórica, conforme destaca o diretor Anderson Maurício.
A montagem estabelece um diálogo entre a resistência de Rosa Parks, que em 1955 se recusou a ceder seu lugar em um ônibus, e a trajetória de Flávia Diniz, ativista brasileira que lutou pelos direitos de mulheres negras com deficiência. Maurício enfatiza a intersecção de violências como racismo, capacitismo, machismo e pobreza, refletindo sobre a urgência do debate.
Dados da SPTrans revelam que 57% dos usuários de ônibus são mulheres jovens e negras, com setenta por cento dependendo exclusivamente do transporte coletivo, evidenciando desigualdades no acesso ao trabalho remoto. O espetáculo critica o sistema capitalista que, segundo Maurício, transforma a mulher negra em uma "Atlas contemporânea", sobrecarregada por múltiplas responsabilidades.
Durante o processo criativo, a trupe enfrentou um paradoxo ao perceber que a inclusão de uma cadeira de rodas no palco não garantia acessibilidade para espectadores com deficiência. Essa contradição foi incorporada à dramaturgia, adicionando uma camada crítica à narrativa. A trilha sonora, composta por Victória dos Santos e Aworonke Lima, mistura referências africanas e urbanas, enriquecendo a experiência do público.
Com apresentações gratuitas em locais como o Terminal Parque Dom Pedro e a Praça Franklin Roosevelt, o espetáculo reafirma o compromisso da Zózima Trupe com a arte que provoca reflexão. Ao celebrar a potência do cotidiano, a trupe convida a sociedade a se unir em prol de projetos que promovam inclusão e justiça social, mostrando que a arte pode ser um poderoso agente de mudança.
O Museu da República, no Catete, receberá a 16ª edição do Dia dos Povos Indígenas neste fim de semana, com a participação de 400 indígenas de diversas etnias. O evento, promovido pela Associação Indígena Aldeia Maracanã, contará com apresentações culturais, feira de artesanato e uma campanha por um centro cultural indígena. A entrada é gratuita e aberta ao público, das 9h às 17h.
Artista Paulo Nazareth foi barrado duas vezes ao tentar entrar descalço no CCBB de Belo Horizonte, gerando debate sobre normas de visitação e racismo institucional. O CCBB se retratou após o incidente.
A Apple, em colaboração com a startup Synchron, está criando uma tecnologia inovadora que permitirá o controle de iPhones por sinais cerebrais, visando ajudar pessoas com mobilidade reduzida. O dispositivo Stentrode, implantado próximo ao córtex motor, captará sinais cerebrais e os converterá em comandos para interagir com os dispositivos Apple. Essa iniciativa representa um avanço significativo na acessibilidade tecnológica, com a expectativa de que a aprovação comercial ocorra até 2030.
A partir de 18 de outubro, o Nordeste implementa o Defesa Civil Alerta, que enviará alertas diretos aos celulares da população sobre desastres naturais, visando salvar vidas. O sistema, que já foi testado em 36 municípios, é parte de uma iniciativa do Governo Federal e será expandido para outras regiões até o final de 2025.
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) participou do Seminário Internacional de Monitoramento do Desenvolvimento na Primeira Infância em Brasília, promovido pelo Ministério da Saúde. O evento, que contou com representantes de vários países, visou fortalecer a cooperação na América Latina e aprimorar políticas públicas para o desenvolvimento infantil. A OPAS destacou a importância de medir o desenvolvimento infantil, já que cerca de treze por cento das crianças enfrentam atrasos, especialmente em contextos de vulnerabilidade.
A Casa Mário de Andrade, em São Paulo, foi renovada e ampliada, agora com acessibilidade e novas exposições, buscando conectar-se mais com a comunidade local e atrair visitantes. A reabertura, ocorrida em maio, marca uma nova fase para o espaço cultural, que preserva a memória do intelectual e promove atividades diversificadas.