A viralização do vídeo de Felipe Brassanim Pereira sobre "adultização" gerou debates no Brasil, levando parlamentares a acelerar leis para proteger crianças na internet. O fenômeno compromete o desenvolvimento infantil e exige atenção.
Recentemente, a exploração de crianças na internet se tornou um tema central no Brasil, especialmente após a viralização de um vídeo do influenciador Felipe Brassanim Pereira, conhecido como Felca. O vídeo, que já conta com mais de 35 milhões de visualizações no YouTube, trouxe à tona o conceito de "adultização", mobilizando parlamentares de diferentes partidos para acelerar a tramitação de leis que visam proteger crianças e adolescentes no ambiente digital.
A adultização refere-se à imposição de responsabilidades e comportamentos inadequados para a idade das crianças, comprometendo seu desenvolvimento saudável. Michelly Antunes, líder do programa Nossas Crianças da Fundação Abrinq, explica que esse processo pode ocorrer quando as crianças são sobrecarregadas com tarefas de adultos ou expostas a conteúdos impróprios. Guilherme Polanczyk, professor da Faculdade de Medicina da USP, alerta que essa aceleração do desenvolvimento não é saudável e pode levar a problemas emocionais e comportamentais.
Estudos sobre adultização existem há mais de um século, e um relatório britânico de 1904 já destacava os efeitos negativos desse fenômeno. Pesquisas recentes mostram que crianças adultizadas têm maior risco de desenvolver ansiedade, depressão e dificuldades de socialização. A exposição a conteúdos sexualizados pode prejudicar a autoimagem e a autoestima, afetando não apenas a infância, mas também a vida adulta.
Com o advento das redes sociais, a adultização ganhou uma nova dimensão. A pesquisa TIC Kids Online Brasil revelou que mais de 24 milhões de crianças e adolescentes no Brasil são usuários da internet, e muitos acessam conteúdos antes dos seis anos. Essa exposição precoce pode gerar alterações no cérebro, levando a um comportamento impulsivo e a uma busca constante por validação nas redes sociais, o que pode ser prejudicial ao desenvolvimento emocional.
Os sinais de adultização incluem irritabilidade frequente, reclusão e interesse por conteúdos adultos. Anderson Nitsche, neuropediatra, recomenda que os responsáveis estejam atentos a esses comportamentos e busquem formas de garantir que as crianças vivam as fases de desenvolvimento adequadas. A orientação de profissionais de saúde pode ser fundamental nesse processo.
Para proteger as crianças, é essencial que haja políticas públicas e legislação que regulamentem o uso das plataformas digitais. Evelyn Eisenstein, coordenadora do Grupo de Trabalho Saúde Digital da Sociedade Brasileira de Pediatria, defende a criação de leis que responsabilizem as empresas de tecnologia. Além disso, os pais devem ter cuidado ao compartilhar conteúdos envolvendo crianças nas redes sociais, evitando a exposição excessiva. A união da sociedade pode ser decisiva para garantir um ambiente digital mais seguro e saudável para as crianças.
Silvana Pires, executiva de RH, destaca a urgência de integrar inteligência artificial e sustentabilidade nas empresas, enfatizando a formação de novas competências para enfrentar a crise climática.
Julio Andrade, ator de "Escola sem muros", destaca-se como diretor Braz Nogueira, enfrentando desafios na Escola Campos Salles, referência em educação pública. Recentemente, participou do remake de "Vale tudo" e foi indicado ao Emmy.
O Governo Federal destinará R$ 37 milhões para construir 248 moradias em Petrópolis, visando realocar famílias afetadas por desastres climáticos e fortalecer a resiliência local. A ação é parte de um esforço contínuo para garantir segurança e dignidade à população.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou a criação de uma comissão para combater a "adultização" de crianças na internet, após a repercussão de um vídeo viral sobre exploração de menores. A comissão terá trinta dias para analisar propostas e formular um texto de consenso, unindo partidos em torno da proteção infantil online.
O Censo do IBGE revelou que pessoas com deficiência enfrentam barreiras significativas na educação, com destaque para os 2,4 milhões de diagnósticos de autismo no Brasil. Maria Eduarda, uma estudante com deficiência, exemplifica a luta por inclusão e autonomia em sua trajetória educacional.
Dados do IBGE indicam leve queda na informalidade no Brasil, que permanece em 38% da população ocupada. Especialistas alertam para a necessidade de políticas públicas que incentivem a formalização e protejam trabalhadores.