Pesquisas da Embrapa Algodão e Santa Anna Bioenergia no Brasil exploram a Agave tequilana para etanol, biomassa e alimentação animal, visando inovação e sustentabilidade no Semiárido. O projeto, que inclui parcerias com instituições mexicanas, busca otimizar o cultivo e a mecanização, contribuindo para a bioeconomia e a redução de desigualdades regionais.
A Agave tequilana, planta tradicionalmente utilizada na produção de tequila no México, está sendo estudada no Brasil como uma alternativa viável para a produção de etanol, sequestro de carbono e alimentação animal. A pesquisa, realizada pela Embrapa Algodão em colaboração com a Santa Anna Bioenergia, busca diversificar o uso dessa planta adaptada ao clima semiárido, contribuindo para a bioeconomia e a transição energética no Brasil.
Além da Agave tequilana, a pesquisa também investiga outras variedades do gênero agave, como a sisalana, que já é utilizada na produção de cordas e materiais de construção. O foco está em como essas plantas podem ser aproveitadas para gerar biomassa, energia renovável e ração animal. O pesquisador Tarcísio Gondim destaca que essa inovação pode ajudar a mitigar desigualdades regionais e enfrentar a precarização das áreas sisaleiras no Nordeste.
O ciclo de colheita da Agave pode levar cerca de cinco anos, mas a produção de biomassa será escalonada para garantir viabilidade comercial. A Embrapa também está desenvolvendo metodologias para analisar a química da biomassa, visando aprimorar a produção de etanol e ração animal a partir dos resíduos da planta. Esses resíduos podem ser uma importante fonte de alimentação para ruminantes, especialmente em períodos de escassez no Semiárido.
Em março, a equipe da Embrapa Algodão visitou o México para estabelecer parcerias com instituições locais, como o Instituto Nacional de Investigações Florestais, Agrícolas e Pecuárias. As primeiras 500 mudas de Agave tequilana, trazidas do México, estão sendo avaliadas em municípios da Bahia e da Paraíba. A primeira Unidade de Referência Tecnológica foi implantada em Jacobina, com um total de 1.800 mudas na fase inicial do projeto.
O projeto, que tem duração prevista de cinco anos, inclui ensaios sobre arranjos de plantio, adubação e manejo da cultura. A mecanização das etapas de plantio e colheita é um desafio importante, já que, embora o México utilize mecanização, o plantio ainda é feito manualmente. A pesquisa busca desenvolver soluções que viabilizem a mecanização em larga escala no Brasil.
Iniciativas como essa têm o potencial de transformar a agricultura no Semiárido, promovendo a sustentabilidade e a inclusão social. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar projetos que visem a inovação e a melhoria das condições de vida nas regiões mais afetadas. A mobilização em torno dessas causas pode fazer a diferença na vida de muitos.
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