Uma propriedade em Timburi (SP) dobrou a produção de café com sistemas agroflorestais, que promovem biodiversidade e recuperação de áreas degradadas, apesar dos desafios de implementação. O engenheiro florestal Valter Ziantoni destaca que a agrofloresta, além do café, inclui diversas culturas, aumentando a produtividade e melhorando a qualidade do solo. Uma pesquisa de 2023 confirma que os SAFs são mais produtivos que a monocultura, mas a adoção ainda é limitada devido ao custo inicial e à falta de conhecimento técnico.
Uma propriedade rural em Timburi, São Paulo, alcançou um aumento significativo na produção de café, passando de 23 sacas por hectare para o dobro, utilizando o sistema agroflorestal (SAF). O engenheiro florestal Valter Ziantoni, responsável pela gestão da propriedade, destaca que, além do café, a agrofloresta inclui banana, mandioca, goiaba e madeira. Essa diversidade de cultivos melhora a saúde do solo e contribui para a sustentabilidade econômica dos agricultores.
Os sistemas agroflorestais se diferenciam da monocultura ao permitir o cultivo de várias espécies simultaneamente. Ziantoni explica que as plantas de crescimento rápido ajudam a enriquecer o solo, enquanto as que demoram mais a crescer regulam a luminosidade. Em parceria com agricultores familiares, foram plantadas cerca de quinhentas mil árvores em áreas degradadas, transformando 300 hectares em uma das maiores agroflorestas do Brasil.
Além do aumento na produção, a implementação do SAF resultou em uma média de 60% a mais de produtividade na região. Os agricultores também relataram menos problemas com secas e uma redução no uso de insumos químicos. A recuperação de nascentes secas é outro benefício observado, melhorando a qualidade de vida dos produtores.
Uma pesquisa de 2023 analisou a produtividade dos SAFs em comparação com sistemas convencionais, revelando que 71,4% dos estudos indicaram um rendimento superior nas agroflorestas. A qualidade do solo, com maior quantidade de carbono orgânico e nutrientes, e a criação de um microclima favorável foram apontadas como razões para essa superioridade.
Apesar dos benefícios, os sistemas agroflorestais ainda enfrentam desafios no Brasil, como o custo elevado de implantação e a necessidade de mais mão de obra. Andrey Borges, assistente agropecuário da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), ressalta que muitos produtores desistem devido a esses fatores. No entanto, ele afirma que o retorno financeiro pode ser mais rápido do que em cultivos tradicionais, devido à diversidade de culturas.
Iniciativas como a da Belterra Agroflorestal buscam conectar grandes empresas a produtores rurais, promovendo o fortalecimento das agroflorestas. Valmir Ortega, fundador da instituição, defende que empresas que buscam cumprir metas de sustentabilidade podem impulsionar essa transição. A união de esforços pode ser crucial para restaurar áreas degradadas e gerar emprego, renda e uma nova bioeconomia sustentável no Brasil.
O Parque Caminhos do Mar, entre São Bernardo do Campo e Cubatão, oferece 70% de desconto nos ingressos durante as férias de julho e inaugurou uma nova área de camping, promovendo turismo sustentável.
Arqueólogos descobriram uma colônia portuguesa perdida na Amazônia, revelando um complexo urbano com fortificações e canais, desafiando teorias históricas. A tecnologia lidar foi crucial para a descoberta.
O governo de São Paulo leiloará a concessão do sistema de travessias hidroviárias, com investimentos de R$ 1,4 bilhão em 20 anos, visando modernização e frota elétrica. A secretária Natália Resende destaca que a iniciativa busca eficiência, conforto e melhorias ambientais.
Manguezais da Reserva Biológica de Guaratiba, no Rio de Janeiro, estão se deslocando 300 metros para o interior devido à elevação do nível do mar, conforme pesquisa do NEMA/Uerj. Essa mudança gera preocupações sobre a perda de serviços ecossistêmicos essenciais, como a proteção contra inundações e a regulação do clima.
Dr. Carlos Nobre introduziu o termo "Trumping Point", referindo-se ao impacto sociopolítico das decisões de Donald Trump na luta contra as mudanças climáticas, destacando a urgência da COP30 no Brasil.
Na Zona Oeste do Rio, iniciativas como o monitoramento das ilhas de Peças e Palmas e a criação do Parque Estadual Marinho das Praias Selvagens buscam proteger a biodiversidade e promover o turismo sustentável. Moradores e especialistas se mobilizam para garantir a preservação ambiental em meio à pressão imobiliária.