Cientistas alertam sobre a urgência da conservação da Amazônia na Reunião Magna da Academia Brasileira de Ciências, enfatizando a integração de saúde, cultura e ciência para enfrentar desafios ambientais e sociais.
A Amazônia, que ocupa 49% do território brasileiro e se estende por outros oito países, é um bioma vital para a biodiversidade e o clima global. Recentemente, cientistas se reuniram na Reunião Magna da Academia Brasileira de Ciências, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, para discutir a conservação urgente da Amazônia. O encontro destacou a necessidade de integrar saúde, cultura e ciência para enfrentar os desafios que a região enfrenta, especialmente com a aproximação da COP30.
O Brasil abriga uma parte significativa das florestas amazônicas, que desempenham um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas. A floresta armazena entre 150 bilhões e 200 bilhões de toneladas de carbono e é responsável pela formação de “rios voadores”, que transportam umidade e chuva para diversas regiões do continente. Contudo, fenômenos como secas e incêndios têm se tornado mais frequentes, colocando em risco a resiliência do ecossistema.
Além das mudanças climáticas, a Amazônia enfrenta desafios sociais e econômicos. Aproximadamente 25 milhões de pessoas vivem na parte brasileira do bioma, e cerca de 45 milhões em toda a região amazônica, incluindo 2,2 milhões de indígenas que falam mais de 300 línguas. O conhecimento desses povos originários está ameaçado, pois muitas de suas línguas não são documentadas. A Amazônia deve ser vista não apenas como um espaço geográfico, mas como um patrimônio cultural global.
Os problemas urbanos, como a falta de saneamento, também são negligenciados nas discussões sobre a Amazônia. O avanço da mineração e da agropecuária intensifica a degradação florestal, com um aumento alarmante nas queimadas e na extração de madeira. Além disso, a biodiversidade da região, que inclui organismos patogênicos, pode representar riscos à saúde humana, aumentando a possibilidade de novas epidemias e pandemias.
Os cientistas enfatizam a importância de uma abordagem integrada de saúde, que considere as interações entre humanos, animais e o meio ambiente. A conservação da Amazônia requer colaboração entre países vizinhos, especialmente nas áreas onde nascem os rios. A realização da COP30 na floresta oferece uma oportunidade única para fortalecer compromissos em prol da preservação.
Para garantir um futuro sustentável, é essencial aumentar o investimento em pesquisa científica na Amazônia. Iniciativas de bioeconomia, impulsionadas por inovações tecnológicas, podem trazer benefícios significativos para a região. A união da sociedade civil é fundamental para apoiar projetos que visem à conservação e ao desenvolvimento sustentável, garantindo que a Amazônia continue a ser um recurso vital para o planeta.
Redução de 70% nas queimadas no Brasil, mas Cerrado registra aumento de 12%. O governo implementa medidas de combate a incêndios após crise ambiental em 2024.
Na Zona Oeste do Rio, iniciativas como o monitoramento das ilhas de Peças e Palmas e a criação do Parque Estadual Marinho das Praias Selvagens buscam proteger a biodiversidade e promover o turismo sustentável. Moradores e especialistas se mobilizam para garantir a preservação ambiental em meio à pressão imobiliária.
O Tayassu pecari, porco selvagem da América Latina, foi redescoberto na Reserva Biológica Estadual de Araras após décadas. O monitoramento, liderado por Vanessa Cabral Barbosa, revela a importância da conservação.
A Defesa Civil de São Paulo alerta para a umidade do ar em níveis críticos, com registros abaixo de 20% em várias cidades. Recomenda-se evitar exercícios físicos entre 11h e 16h.
O inverno de 2025 traz temperaturas de 3 °C a 5 °C mais baixas em São Paulo, aumentando a demanda por energia e medicamentos, e impactando saúde, agronegócio e turismo. O meteorologista Guilherme Martins, da Nottus, destaca que a mudança climática gera consequências econômicas, com um aumento de 107% nos casos de gripe em 2024. O setor de saúde enfrenta pressão, enquanto a demanda por energia elétrica e gás natural cresce. O agronegócio apresenta um cenário misto, e o varejo se beneficia com vendas de produtos de inverno. O turismo também é afetado, com migração de turistas para regiões mais quentes.
A bióloga Angela Kuczach lidera a SOS Oceanos, que critica os compromissos vagos do governo Lula na COP 30 e busca mobilizar a população para proteger os oceanos brasileiros. A iniciativa, apoiada por várias instituições, destaca a conexão entre a saúde do mar e a qualidade do ar.