A Amazônia Legal enfrenta uma alarmante taxa de violência sexual contra crianças e adolescentes, 21,4% acima da média nacional, exigindo políticas urgentes e adaptadas. O estudo do Unicef e do FBSP revela que a região concentra seis dos dez estados com as maiores taxas do Brasil, destacando a necessidade de ações integradas para proteger os jovens vulneráveis.

Na Amazônia Legal, a violência contra crianças e adolescentes atinge níveis alarmantes. Um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revela que a taxa de violência sexual na região é de 141,3 casos por 100 mil crianças, superando em 21,4% a média nacional. Seis dos dez estados com as maiores taxas de violência do Brasil estão localizados na Amazônia, onde desigualdades sociais e conflitos territoriais complicam a proteção dos direitos infantojuvenis.
O levantamento destaca que a violência sexual e letal contra crianças e adolescentes na Amazônia cresce a um ritmo alarmante, com um aumento de 26,4% nas notificações entre 2021 e 2022, em contraste com o aumento de 12,5% no restante do país. A oficial de Proteção contra a Violência do Unicef no Brasil, Nayana Lorena da Silva, enfatiza que as desigualdades étnico-raciais e a vulnerabilidade social são fatores que agravam essa situação.
Os estados com as maiores taxas de violência incluem Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Pará, Tocantins e Acre. Municípios próximos às fronteiras brasileiras apresentam taxas ainda mais elevadas, com 166,5 casos por 100 mil, em comparação a 136,8 em áreas não fronteiriças. O pesquisador Cauê Martins, do FBSP, ressalta que as particularidades regionais exigem políticas adaptadas para enfrentar essa realidade.
Um caso recente em Manacapuru, no Amazonas, ilustra a gravidade da situação. Uma menina foi vítima de abuso sexual por seu pai, com a participação dos irmãos. A conselheira tutelar Joelma de Souza Leal Ribeira relata que a falta de informação e o isolamento geográfico contribuem para a perpetuação de comportamentos violentos. O resgate da criança, embora trágico, destaca a importância do trabalho integrado entre os órgãos de proteção.
O estudo também revela que 81% das vítimas de violência sexual na Amazônia são pretas e pardas, enquanto apenas 2,6% são indígenas. A taxa de violência entre crianças negras é de 45,8 casos por 100 mil, em comparação a 32,7 entre brancos. Os registros de violência sexual contra crianças indígenas mais que dobraram entre 2021 e 2023, com um crescimento de 151%. A casa, muitas vezes, é o lugar mais perigoso para essas vítimas, com mais de 80% dos casos ocorrendo no ambiente familiar.
Diante desse cenário, o Unicef defende a necessidade de investimentos em monitoramento e coleta de dados, além de ações integradas entre governo e sociedade civil. A união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a proteção de crianças e adolescentes, criando condições para que não sejam mais alvos de violência. Projetos que promovam a conscientização e a assistência a essas vítimas são essenciais para transformar essa realidade.

Arqueólogos descobriram ossos humanos no antigo Cemitério do Campo da Pólvora, em Salvador, revelando um sítio sagrado e histórico, o "Cemitério dos Africanos", protegido pelo Iphan. A pesquisa, iniciada em maio, destaca a importância cultural e a necessidade de preservar a memória dos escravizados.

A Câmara dos Deputados aprovou a urgência de um projeto para proteger crianças e adolescentes online, gerando protestos de deputados bolsonaristas que alegam censura. A votação do mérito ocorrerá amanhã.

O Festival de Parintins, que ocorre de 30 de junho a 2 de julho, traz uma competição inovadora entre os bois Caprichoso e Garantido na coleta de assinaturas para um projeto de lei em defesa da Amazônia. Os bois disputam prêmios em dinheiro e acessos VIP ao festival, enquanto buscam mobilizar apoio para a destinação de terras a comunidades indígenas e extrativistas. A iniciativa, que já conta com mais de 300 mil assinaturas, visa alcançar 1,5 milhão até julho.

A Festa da Lili em Brasília gerou um intenso debate sobre a pressão estética na comunidade gay, evidenciando inseguranças corporais e o uso de anabolizantes. Especialistas alertam para os riscos psicológicos e físicos associados.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) apresentou novas viaturas e efetivos da Operação Shamar, destacando a redução de 11% nos casos de violência contra mulheres em 2023. A ação, que celebra os 19 anos da Lei Maria da Penha e o Agosto Lilás, visa intensificar a conscientização e o enfrentamento à violência de gênero. A comandante geral da PMDF, Ana Paula Habka, enfatizou a importância do Policiamento de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid) para acolher as vítimas.

A arqueóloga Niède Guidon faleceu aos 92 anos em São Raimundo Nonato, deixando um legado inestimável na Serra da Capivara, onde revolucionou a arqueologia e transformou comunidades locais. O governador do Piauí decretou luto oficial de três dias.