Ana Maria Gonçalves é eleita a primeira imortal negra da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 33 com 30 votos. A autora de "Um Defeito de Cor" representa um avanço na diversidade da ABL.
A Academia Brasileira de Letras (ABL) anunciou a eleição de Ana Maria Gonçalves como a primeira imortal negra da instituição, ocupando a cadeira 33, anteriormente ocupada pelo filólogo Evanildo Bechara, falecido em maio. A escritora recebeu 30 dos 31 votos dos acadêmicos, superando outros 11 candidatos. Esta eleição marca um passo significativo na busca da ABL por maior representatividade entre seus membros.
A autora de "Um Defeito de Cor", publicado em dois mil e seis, é a décima terceira mulher a integrar a ABL em seus 128 anos de história. Além de Gonçalves, apenas Gilberto Gil e Domício Proença Filho são negros na academia. O ativista Ailton Krenak foi o primeiro indígena a ser eleito imortal no ano anterior, evidenciando a mudança na composição da ABL.
Em seu anúncio no Instagram, a ABL destacou a importância da eleição de Ana Maria Gonçalves, ressaltando que ela é também a mais jovem do atual quadro de imortais. A escritora, que é roteirista e dramaturga, tem se destacado por sua atuação em debates sobre literatura e questões raciais, além de ser professora de escrita criativa e curadora de projetos culturais.
"Um Defeito de Cor" narra a história de Kehinde, uma mulher africana escravizada na Bahia que busca por décadas um filho perdido. A obra, que conquistou o Prêmio Casa de las Américas em dois mil e sete, foi reconhecida como o melhor livro de literatura brasileira do século XXI por um júri da Folha de S.Paulo. O romance também inspirou um samba-enredo para o Carnaval de 2024, demonstrando seu impacto cultural.
A inclusão de Ana Maria Gonçalves na ABL representa uma mudança significativa na história da instituição, que tem buscado refletir a diversidade da sociedade brasileira. A eleição dela é um passo importante para a valorização de vozes que historicamente foram marginalizadas na literatura e na cultura do país.
Essa nova fase da ABL pode inspirar a sociedade civil a apoiar iniciativas que promovam a diversidade e a inclusão. Projetos que visam dar visibilidade a autores e artistas de diferentes origens são essenciais para enriquecer o panorama cultural brasileiro e devem ser incentivados por todos nós.
Entre 23 e 25 de julho de 2025, Brasília sediará o evento Transformar Juntos 2025, promovido pelo Sebrae, com foco em desenvolvimento territorial, sustentabilidade e inovação. Com setenta atividades programadas, o evento contará com palestras de líderes como Leandro Grass, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e Everton Santos, diretor do Ministério da Gestão e da Inovação (MGI). Um painel especial abordará recursos da educação, enquanto um empório destacará produtos com Indicação Geográfica, promovendo a cultura local. As inscrições estão abertas no site oficial do evento.
Participantes do Reviver Cultural, projeto de revitalização do Centro, reclamam de atrasos nos repasses financeiros, mas a Prefeitura afirma que os pagamentos estão em dia, com apenas três projetos com pendências documentais.
A Fiocruz lançará, no dia 9, a primeira cartilha mundial que aborda a representação racial de pessoas com síndrome de Down, elaborada de forma participativa e gratuita. O material visa combater a invisibilidade e as barreiras enfrentadas por essa população, especialmente entre os grupos negros.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei da CNH Social, que permitirá a pessoas de baixa renda obter a Carteira Nacional de Habilitação gratuitamente a partir de 12 de agosto. O benefício é exclusivo para inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), que abrange famílias com renda mensal de até R$ 706,00 por integrante. Recursos provenientes de multas de trânsito financiarão os custos, incluindo exames e aulas. A abertura dos cadastros será definida pelos Detrans de cada estado.
Hamedine Kane e Adama Delphine Fawundu apresentam obras na Bienal de São Paulo, abordando deslocamento e diáspora africana através do oceano e suas conexões culturais. Kane explora a exploração pesqueira e suas consequências, enquanto Fawundu utiliza fotografias e tecidos para refletir sobre ancestralidade e identidade.
A participação da iniciativa privada no saneamento básico no Brasil alcançou 1.748 cidades, representando 31,4% do total, após leilão de serviços no Pará. Com investimentos de R$ 176,3 bilhões nos últimos cinco anos, o setor busca universalizar o acesso até 2033.