Artista Paulo Nazareth foi barrado duas vezes ao tentar entrar descalço no CCBB de Belo Horizonte, gerando debate sobre normas de visitação e racismo institucional. O CCBB se retratou após o incidente.
O artista Paulo Nazareth foi impedido de entrar no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Belo Horizonte no dia 12 de maio, por estar descalço. A abordagem ocorreu logo após a compra dos ingressos para a exposição "Ancestral: Afro-Américas". A funcionária de segurança questionou a esposa de Nazareth sobre a possibilidade de ele calçar sapatos, alegando uma norma de visitação que proibia a entrada descalço. Nazareth, que é um artista plástico e estava expondo seus trabalhos no local, pediu a apresentação de um documento que comprovasse essa regra.
Durante a conversa, o supervisor de segurança foi chamado, mas não apresentou qualquer norma que justificasse a proibição. Nazareth argumentou que sua escolha de andar descalço estava ligada à sua produção artística e à sua identidade, que inclui uma forte conexão com a história de desigualdade social no Brasil. Ele destacou que a prática de andar descalço remete à escravidão, onde o uso de sapatos era vetado aos cativos.
Uma semana depois, em 19 de maio, Nazareth retornou ao CCBB, desta vez acompanhado de sua família. Ele estava descalço novamente, mas não foi barrado na entrada. No entanto, após visitar metade da exposição, foi abordado novamente por seguranças que alegaram que sua vestimenta não era adequada e que ele não poderia permanecer descalço. Nazareth, então, decidiu realizar uma performance, expondo a situação ao público e questionando as normas de visitação do espaço.
O CCBB, em nota, lamentou o ocorrido e afirmou que as equipes de segurança foram reorientadas sobre as normas de visitação. A instituição destacou que não existe proibição de entrada descalço e que a abordagem não refletiu suas diretrizes. Nazareth, por sua vez, expressou sua preocupação com a responsabilização dos funcionários, ressaltando que a instituição deve ser a responsável por educar e orientar seus colaboradores.
O artista, que é um dos mais reconhecidos do Brasil, utiliza sua arte para discutir temas como racismo e desigualdade social. Ele já participou de importantes exposições, como a Bienal de Veneza e a Bienal de São Paulo. Nazareth enfatizou que sua prática artística é uma extensão de sua vida e que a arte deve ser um espaço de acolhimento e inclusão.
Incidentes como o de Nazareth evidenciam a necessidade de um diálogo mais amplo sobre inclusão e respeito nas instituições culturais. A sociedade civil pode se mobilizar para apoiar iniciativas que promovam a diversidade e a equidade, garantindo que todos tenham acesso a espaços de cultura e arte, independentemente de suas condições sociais ou escolhas pessoais.
Recentes casos de racismo em escolas brasileiras, como o do Colégio Mackenzie, geraram protestos e denúncias de discriminação racial, evidenciando a urgência de políticas públicas efetivas.
A empresa X anunciou o lançamento de uma linha de produtos sustentáveis, com preços e datas definidas, além de uma parceria com uma ONG para educação ambiental nas escolas. Essa iniciativa visa atender à crescente demanda por soluções ecológicas e promover a conscientização ambiental.
O Senado aprovou a "Lei Joca", que regulamenta o transporte aéreo de animais, responsabilizando companhias aéreas por danos e permitindo transporte na cabine ou bagagens. A proposta visa melhorar a segurança após a morte de um golden retriever.
O Teatro Popular Oscar Niemeyer, em Niterói, apresenta o espetáculo “Alfabeto sonoro” com Letrux e Thiago Vivas na próxima sexta-feira, às 20h30. Os ingressos custam R$ 50 ou R$ 20 com doação de alimento.
No Festival Negritudes Globo, o painel "Fé, amor e família" destacou a importância da paternidade na comunidade negra, com Tony Tornado e seu filho Lincoln, além do casal Aline Wirley e Igor Rickli. O evento promoveu reflexões sobre a presença de figuras paternas e a intergeracionalidade nas famílias negras, com homenagens a Tornado, que completará 95 anos.
Aline Midlej lançou o livro "De Marte à favela", que conecta exploração espacial a projetos de combate à pobreza no Brasil, destacando a dignidade como essencial para a transformação social. A obra, coautoria de Edu Lyra, revela a complexidade das intenções dos patrocinadores e a necessidade de um olhar mais profundo sobre a realidade das comunidades carentes.