A ampliação do acesso a gomas de nicotina no Sistema Único de Saúde (SUS) é crucial para fortalecer o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) e reduzir desigualdades no tratamento da dependência à nicotina. A pneumologista Enedina Scuarcialupi destaca a urgência de diversificar as opções terapêuticas, visando salvar vidas e melhorar a jornada dos pacientes fumantes.
O tabagismo é uma das principais causas de morte no Brasil, com cerca de oitenta por cento das mortes por câncer de pulmão associadas ao consumo de cigarro. Além do câncer, o tabaco está ligado a doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o tabaco cause mais de oito milhões de mortes anualmente em todo o mundo. Diante dessa realidade alarmante, é fundamental fortalecer o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), que já é reconhecido como uma política pública eficaz.
O PNCT oferece tratamento gratuito para aqueles que desejam parar de fumar, principalmente por meio da Atenção Primária à Saúde. No entanto, o acesso ao programa é desigual entre as diferentes regiões do Brasil, e a oferta de ferramentas terapêuticas é limitada. Atualmente, os pacientes que buscam ajuda pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm acesso principalmente a adesivos de nicotina e cloridrato de bupropiona, que, embora eficazes, não atendem a todas as necessidades dos diversos perfis de pacientes.
É urgente discutir a ampliação das opções de Terapia de Reposição de Nicotina (TRN) no SUS. As gomas de nicotina, que já são utilizadas em países como Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, apresentam um excelente perfil de segurança e eficácia. No Brasil, apesar de aprovadas pela Anvisa, as gomas de nicotina ainda enfrentam dificuldades de acesso gratuito pelo SUS, limitando as opções de tratamento para os pacientes.
As gomas de nicotina têm uma ação rápida, sendo especialmente úteis em momentos de intensa vontade de fumar. Ao contrário dos adesivos, que oferecem liberação contínua, as gomas permitem uma resposta sob demanda, adaptando-se ao impulso do paciente. Além do benefício químico, o ato de mascar a goma ajuda no manejo comportamental e emocional da dependência, que são aspectos cruciais no tratamento do tabagismo.
A dependência à nicotina é uma condição crônica que requer acompanhamento próximo e uma variedade de abordagens terapêuticas. A limitação das opções de tratamento, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, reduz as chances de sucesso na cessação do tabagismo e aumenta as desigualdades em saúde. Portanto, é essencial que o Brasil avance na oferta de estratégias mais abrangentes e baseadas em evidências dentro da política pública existente.
Neste Agosto Branco, que simboliza a luta contra o câncer de pulmão, o apelo é claro: ampliar o acesso ao PNCT é uma questão de salvar vidas. Isso envolve fortalecer as equipes de saúde, garantir cobertura em todo o território nacional e aumentar a variedade de tratamentos disponíveis. A união da sociedade pode ser um fator decisivo para que muitos pacientes consigam se livrar da dependência do tabaco e, assim, transformar suas vidas.
No dia 26 de junho de 2025, a Endogen promoverá um web meeting gratuito sobre manejo da dor crônica e fibromialgia, com a médica Roberta França e mediação de Ana Beatriz Gaeta. O evento abordará casos clínicos reais e terapias inovadoras com canabinoides, visando atualizar médicos sobre práticas baseadas em evidências científicas.
O Ministério das Comunicações investiu R$ 7,3 milhões no projeto 5G Saúde, que visa aprimorar a telemedicina no Brasil, especialmente em áreas remotas. A iniciativa inclui testes de tecnologia 5G no Piauí e inovações com blockchain e desinfecção hospitalar.
O câncer de fígado, frequentemente silencioso, pode ser diagnosticado precocemente, aumentando as chances de tratamento eficaz. O consumo excessivo de álcool é um fator de risco significativo, exigindo atenção à saúde.
A SES-DF ampliará o tratamento de AVC com novas técnicas em hospitais, visando reduzir mortalidade e sequelas. A iniciativa "AVC no Quadrado" promete melhorar a assistência e integrar equipes médicas.
Dia do Infectologista, em 11 de abril, destaca a atuação essencial desses profissionais. No dia 24, Hospital de Base do DF lança programa para reduzir infecções cirúrgicas.
A região noroeste de Minas Gerais agora conta com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica no Hospital Municipal de Unaí, um avanço crucial para a saúde infantil local. Com capacidade para seis pacientes e uma equipe de 30 profissionais, a unidade foi inaugurada com apoio do governo do Estado, que investiu cerca de R$ 1 milhão em equipamentos. Essa conquista representa um marco na descentralização do atendimento intensivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), atendendo uma demanda urgente da população.