A COP30 em Belém enfrenta uma crise de hospedagem, com preços subindo até 900%, o que pode excluir vozes essenciais do debate climático e impactar a imagem do Brasil. A situação levanta preocupações sobre práticas abusivas no mercado.
A COP30, reunião de países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), ocorrerá em Belém em novembro, com foco nas questões do aquecimento global e mudanças climáticas. Desde a confirmação do evento, os preços de hospedagem na cidade dispararam, com aumentos de até novecentos por cento, gerando preocupações sobre práticas abusivas que podem excluir participantes essenciais.
Após o anúncio, imóveis que normalmente custam cerca de R$ 300,00 por diária passaram a ser oferecidos por R$ 3 mil, sem justificativas como reformas ou serviços adicionais. Essa escalada de preços é comum em eventos de grande porte, mas a intensidade dos reajustes em Belém levanta questões sobre a ética da precificação e o respeito ao Código de Defesa do Consumidor, que proíbe a obtenção de vantagem excessiva.
Além disso, as condições de locação se tornaram mais restritivas, com exigências como pagamento integral antecipado e taxas de reserva não reembolsáveis. Essas práticas podem prejudicar profissionais autônomos, pequenos empreendedores e estudantes, resultando na exclusão de vozes importantes do debate climático e na diminuição da participação da sociedade civil.
A alta nos preços também pode forçar visitantes a buscar hospedagem em cidades vizinhas, aumentando o tempo de deslocamento e diminuindo o impacto econômico positivo esperado para Belém. A migração de imóveis residenciais para locações temporárias pode reduzir a oferta de moradia para os moradores locais, pressionando os preços e dificultando o acesso à habitação.
A situação gerou críticas, incluindo da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que classificou os preços praticados como “extorsão”. A crise de hospedagem já levou alguns países a sugerirem que a COP30 seja realizada em outro local. O evento representa uma oportunidade para fortalecer o setor de hospedagem e atrair investimentos, mas isso depende de um equilíbrio entre a livre iniciativa e a responsabilidade social.
O impacto negativo na imagem do Brasil como destino para eventos internacionais é uma preocupação crescente. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam um turismo mais sustentável e acessível, garantindo que todos possam participar desse importante debate sobre o clima.
O Brasil emitiu seus primeiros créditos de carbono por agricultura regenerativa, com certificação da Verra, destacando-se no mercado global e promovendo práticas sustentáveis em propriedades rurais. A Fazenda Flórida, no Mato Grosso do Sul, é um modelo de sucesso, utilizando tecnologia avançada para monitoramento e promovendo resiliência climática e aumento da produtividade agrícola.
A Antártida enfrenta a segunda menor área de gelo marinho registrada, com impactos diretos na cadeia alimentar, especialmente no krill, essencial para a vida marinha. Cientistas alertam sobre a necessidade urgente de proteção.
O ministro Flávio Dino autorizou a desapropriação de imóveis rurais por incêndios criminosos ou desmatamento ilegal, visando proteger a Amazônia e o Pantanal. A decisão busca responsabilizar proprietários e evitar gastos públicos em combate a crimes ambientais.
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) solicita estudos adicionais e medidas de proteção antes da exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas, destacando a relevância ecológica da região. A Petrobras, com apoio do governo, busca licença ambiental, enquanto ambientalistas se opõem à atividade, que pode impactar ecossistemas sensíveis e modos de vida locais.
Oito pilotos e brigadistas participaram de um treinamento do Ibama em Brasília, focado em manobras aéreas e transporte de água para combate a incêndios florestais, visando segurança e eficiência nas operações.
Empresas participaram da 4ª Jornada de Inserção de Dados no SISBia, promovida pelo Ibama, visando capacitar para a gestão de dados de biodiversidade no Licenciamento Ambiental Federal. A próxima jornada ocorrerá em setembro.