A exploração sexual infantil no Brasil cresce alarmantemente, com o Tribunal de Justiça de São Paulo registrando um aumento de casos. O governo Lula propõe lei para proteção online após vídeo impactante de youtuber.

Nos últimos anos, o Tribunal de Justiça de São Paulo registrou um aumento alarmante nos processos relacionados à exploração sexual infantil. Em 2016, foram apenas trinta e seis casos, mas em 2024 esse número saltou para cento e cinco. O crime mais frequente é a satisfação de lascívia com a presença de crianças ou adolescentes. Em 2025, a tendência de alta continua, com noventa e cinco processos abertos até julho. Ariel de Castro Alves, advogado e membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), aponta que esse aumento está ligado ao uso crescente da internet por menores e à maior conscientização social sobre os direitos digitais.
Apesar do aumento na notificação, Alves ressalta que a subnotificação é um problema grave. Ele estima que apenas cerca de dez por cento dos casos de exploração sexual infantil fora do ambiente virtual chegam às autoridades. No ambiente digital, os índices de notificação são ainda mais baixos, o que indica uma falta de prioridade no combate a esses crimes. Recentemente, a discussão sobre a exploração sexual infantil ganhou destaque após a divulgação do vídeo "Adultização", do youtuber Felca, que já acumula mais de trinta milhões de visualizações e expõe a exploração de crianças em diversas situações.
Após a repercussão do vídeo, o governo Lula anunciou um projeto de lei voltado à proteção de crianças e adolescentes online. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou que o tema será prioridade e anunciou a criação de uma comissão e um grupo de trabalho para abordar a questão. Durante uma sessão plenária, Motta declarou que o vídeo de Felca "expôs, de forma crua e dolorosa, uma ferida aberta no Brasil", enfatizando que proteger a infância é uma obrigação moral que transcende ideologias políticas.
Nos últimos dias, mais de trinta projetos de lei foram protocolados com o intuito de combater a exploração sexual e a exposição indevida de crianças e adolescentes na internet. Entre os autores estão deputados de diferentes partidos, como Nikolas Ferreira (PL) e Sâmia Bomfim (PSOL), que propuseram legislações para proibir a monetização de conteúdos que envolvam crianças. Tabata Amaral (PSB) também apresentou um projeto semelhante, destacando que a exploração de crianças ocorre porque há lucro envolvido.
A repercussão do vídeo de Felca pode ser uma oportunidade para avançar em novas legislações. Ariel de Castro Alves acredita que o clamor popular pode facilitar o debate sobre a regulamentação das plataformas digitais, que enfrentava resistência anteriormente. O projeto mais avançado é o PL 2628/2022, do senador Alessandro Vieira (MDB), que já foi aprovado no Senado e visa proteger crianças em ambientes digitais, estabelecendo regras sobre coleta de dados e publicidade infantil.
Rafael Zanatta, diretor da Data Privacy Brasil, defende que o PL de Vieira deve ser priorizado e aprovado, alertando que a Câmara não deve perder tempo com novos projetos que podem desviar a atenção do que já está em pauta. Ele destaca que o momento é propício para endurecer as regras e evitar brechas que permitam a exploração de crianças. Em situações como essa, a união da sociedade pode fazer a diferença, apoiando iniciativas que visem proteger os mais vulneráveis e garantir um futuro mais seguro para nossas crianças.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) adiou a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) para 25 de maio de 2026, com um período educativo até maio de 2025. A norma visa fiscalizar riscos psicossociais e prevê multas de até R$ 6 mil.

A Tardezinha, evento de samba, completa dez anos em 2025 com uma turnê internacional em 26 cidades, ampliando sua atuação social e migrando para estádios, democratizando o acesso à cultura. A festa agora é um ecossistema que une entretenimento, inclusão e impacto social, com parcerias que geram cursos e arrecadações significativas.

Em 2022, 16 sinos de bronze do Museu do Trem no Rio de Janeiro foram furtados, e a investigação da Polícia Federal não encontrou arrombamento. O caso foi arquivado pelo Ministério Público Federal. O Iphan enfrenta processos administrativos e a reabertura do museu permanece incerta, enquanto o acervo continua vulnerável. A situação do patrimônio ferroviário é alarmante, com a perda cultural estimada em R$ 240 mil.

A Prefeitura do Rio de Janeiro decretou a desapropriação de 16 imóveis no centro, visando revitalizar a área e atrair novos moradores. O projeto Reviver Centro, iniciado em 2021, inclui subsídios de até R$ 3.212 por metro quadrado para restauração.

A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) alcançou um público recorde de 34 mil pessoas em sua 23ª edição, promovendo debates sobre temas sociais e ambientais, com destaque para a presença da ministra Marina Silva. O evento, que homenageou Paulo Leminski, também incentivou a participação local com transporte gratuito e ações sustentáveis, além de dar voz a coletivos e movimentos sociais.

Neurocientistas desenvolveram um novo dispositivo que permite a comunicação apenas por pensamento, alcançando até 150 palavras por minuto, usando um dicionário de 125.000 palavras. Essa inovação promete transformar a vida de pessoas com dificuldades de fala, como os participantes com esclerose lateral amiotrófica (ELA) e derrame cerebral, que agora podem se expressar com mais facilidade e rapidez.