O governo brasileiro e a ONU lançam o Balanço Ético Global (BEG) para integrar ética nas discussões sobre mudanças climáticas. A ministra Marina Silva e Ana Toni destacam a inclusão de vozes indígenas e a urgência de ações éticas.

O governo brasileiro, em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), anunciou a criação do Balanço Ético Global (BEG) durante a Conferência de Bonn. A iniciativa, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, visa integrar a ética nas discussões sobre mudanças climáticas. Com a Conferência da ONU sobre mudanças climáticas se aproximando, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a CEO da COP30, Ana Toni, destacam a importância do BEG na governança climática.
Segundo Ana Toni, o BEG é um dos quatro pilares centrais da presidência da COP30, ao lado dos povos, presidentes e ex-presidentes, e ministros de finanças. Ela enfatiza que o BEG é fundamental para o sucesso da conferência. Os temas abordados incluem governança, sustentabilidade, financiamento climático, transição energética justa e a inclusão das vozes de comunidades indígenas. O objetivo é que o BEG sirva como uma bússola nas negociações e na agenda de ação até a COP30.
Marina Silva levantou questões cruciais sobre a ética nas ações climáticas, perguntando quais medidas não foram tomadas que levaram à atual emergência climática. Ela questionou o que deve ser feito para acelerar mudanças em áreas como adaptação, mitigação e financiamento. O BEG também será central nas discussões da Cúpula da Amazônia, que abordará problemas como desmatamento ilegal e crime organizado.
Na próxima semana, um diálogo regional ocorrerá em Bogotá, abordando o aquecimento global e suas consequências. Líderes de diversas regiões, incluindo África, Ásia, Oceania e América do Norte, estão se mobilizando para definir estratégias que serão apresentadas na Conferência do Clima da ONU. O material final será direcionado a líderes e negociadores, com a expectativa de que oriente as ações necessárias para enfrentar a crise climática.
A ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, co-líder do Diálogo da América do Sul e Central e Caribe, ressaltou que a governança nas negociações climáticas é crucial para evitar um futuro devastador. Ela alertou que cada aumento de temperatura representa famílias deslocadas e um mundo mais desigual. Ana Toni também destacou a necessidade de maior ambição nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), mencionando que apenas 28 planos foram entregues até o momento.
Marina Silva apontou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) como uma solução para alcançar o financiamento necessário de R$ 1,3 bilhão. Ela argumentou que o programa deve recompensar a preservação em vez de pagar para parar o desmatamento. A ministra concluiu que é injusto tratar desiguais como iguais, enfatizando a responsabilidade ética de governos e empresas. Nessa situação, nossa união pode ajudar a promover ações que beneficiem as comunidades e o meio ambiente.

Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) criaram um Índice de Risco para identificar áreas vulneráveis a deslizamentos em Niterói, visando prevenir tragédias em comunidades de encosta. A metodologia será integrada ao Plano Municipal de Redução de Riscos, promovendo ações preventivas e capacitação profissional.

A Operação Salvem as Tartarugas Marinhas foi lançada para combater a pesca com redes de espera em São Conrado e na Praia da Joatinga, resultando na apreensão de um quilômetro de redes. A ação visa proteger tartarugas ameaçadas de extinção, com multas que podem chegar a R$ 100 mil para infratores.

O Piauí lançou um programa para gerar 20 milhões de créditos de carbono até 2030, visando reduzir o desmatamento em 10% até 2025, seguindo exemplos do Pará e Tocantins. A iniciativa é um passo crucial na luta contra a crise climática e promete criar oportunidades sustentáveis para as comunidades locais.

Estudo da Esalq revela que o fungo Metarhizium robertsii pode induzir defesas na cana-de-açúcar, reduzindo o uso de inseticidas e promovendo um controle biológico mais eficiente e sustentável. A pesquisa, liderada por Marvin Mateo Pec Hernández, destaca a capacidade do fungo em alterar compostos voláteis e fitormônios, atraindo inimigos naturais das pragas.

O Brasil implementará sua primeira barreira SABO em Nova Friburgo, com investimento superior a R$ 20 milhões, visando conter deslizamentos e estudar movimentos de massa. A obra é fruto de cooperação entre Brasil e Japão.

O inverno de 2025 traz temperaturas de 3 °C a 5 °C mais baixas em São Paulo, aumentando a demanda por energia e medicamentos, e impactando saúde, agronegócio e turismo. O meteorologista Guilherme Martins, da Nottus, destaca que a mudança climática gera consequências econômicas, com um aumento de 107% nos casos de gripe em 2024. O setor de saúde enfrenta pressão, enquanto a demanda por energia elétrica e gás natural cresce. O agronegócio apresenta um cenário misto, e o varejo se beneficia com vendas de produtos de inverno. O turismo também é afetado, com migração de turistas para regiões mais quentes.