Bonito (MS) se destaca como o primeiro destino de ecoturismo do mundo a conquistar a certificação Carbono Neutro, promovendo a proteção da Gruta do Lago Azul e do Abismo Anhumas. A ATTA trouxe especialistas globais para conhecer as iniciativas sustentáveis da região.
Na década de setenta e oitenta, a Gruta do Lago Azul, localizada em Bonito (MS), era alvo de vandalismo, com pessoas atirando nas estalactites milenares. Essa prática, que parece inacreditável hoje, resultou em danos irreparáveis a uma das mais belas cavernas do Brasil. Com o aumento da consciência ambiental, especialmente após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como ECO 92, a proteção desses locais se tornou uma prioridade.
Em 2025, Bonito alcançou um marco significativo ao se tornar o primeiro destino de ecoturismo do mundo a receber a certificação Carbono Neutro, concedida pela Green Initiative. A Adventure Travel Trade Association (ATTA) trouxe profissionais de diversas partes do mundo para conhecer as iniciativas sustentáveis da região, destacando a importância da proteção das cavernas.
A Gruta do Lago Azul, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), é um cartão-postal de Bonito. Hoje, as visitas são controladas e limitadas, permitindo apenas a contemplação do local. A trilha de acesso, que leva cerca de dez minutos, culmina em uma série de trezentos degraus que descem até o lago, que exibe tons de azul profundo sob a luz. A experiência é única, mas não permite nadar.
Outra atração notável é o Abismo Anhumas, onde os visitantes descem setenta e dois metros por uma passagem estreita. A descida, que antes exigia esforço físico, agora é feita com rapel elétrico. O lago dentro da caverna, com oitenta metros de profundidade, permite a exploração em barcos e snorkel, com equipamentos fornecidos no passeio. A caverna abriga um ecossistema único, exigindo cuidados rigorosos para preservar sua fauna e flora.
As visitas ao Abismo Anhumas também são controladas, com guias locais treinados para garantir que a experiência não degrade o ambiente. Os turistas não podem tocar nas rochas ou caminhar em áreas restritas, preservando assim a integridade do ecossistema. Essa abordagem cuidadosa é essencial para manter a beleza natural e a biodiversidade do local.
O sucesso de Bonito como destino de ecoturismo sustentável demonstra a importância da união em prol da preservação ambiental. Projetos que visam a proteção de locais como a Gruta do Lago Azul e o Abismo Anhumas devem ser apoiados pela sociedade civil, garantindo que as futuras gerações possam desfrutar dessas maravilhas naturais. A mobilização em torno dessas causas é fundamental para a continuidade do ecoturismo responsável.
A Prefeitura de São Paulo reestrutura seu programa de arborização, priorizando áreas áridas como Sapopemba, em resposta a críticas de ambientalistas e visando mitigar o calor urbano. O projeto "Futuro Mais Verde" busca reverter a escassez de árvores no Centro e na Zona Leste, com plantios de espécies nativas e melhorias em calçadas. A meta é aumentar de 10 para 50 bosques até 2028.
Estudo da USP alerta sobre a vulnerabilidade do Brasil à introdução do vetor Anopheles stephensi, que pode aumentar o risco de malária em áreas urbanas devido ao comércio e transporte marítimo. A pesquisa destaca a necessidade urgente de monitoramento nos portos para evitar a propagação da doença.
Pesquisas recentes revelam que a Amazônia era mais úmida durante períodos glaciais, desafiando a visão tradicional e alinhando-se a modelos climáticos futuros. O estudo, realizado por universidades brasileiras e da Duke University, analisa sedimentos marinhos e revela uma relação entre temperatura global e a dinâmica climática da região.
O projeto Fauna Ameaçada entrega 480 câmeras para monitoramento da fauna no Rio de Janeiro, visando atualizar a lista de espécies ameaçadas e aprimorar a conservação ambiental. A iniciativa é crucial para combater a defasagem de 27 anos nos estudos sobre biodiversidade.
Jorge Abache critica a falta de estratégia do Brasil em sustentabilidade, destacando seu potencial em biocombustíveis e energia renovável, enquanto a Europa resiste a essas soluções. A mudança de abordagem é urgente.
Pesquisadores brasileiros criaram o Condition Assessment Framework, uma ferramenta inovadora para avaliar compensações ambientais na Mata Atlântica, mostrando alta eficácia na restauração de áreas degradadas. A pesquisa, apoiada pela FAPESP, revela que a combinação de proteção e restauração pode resolver quase todos os déficits de vegetação nativa, com custos intermediários.