O agronegócio brasileiro enfrenta desafios devido à dependência de fertilizantes russos, enquanto alternativas como bioinsumos e pó de rocha ganham destaque. O governo visa reduzir a importação em 50% até 2050.
O agronegócio brasileiro, que depende fortemente de fertilizantes químicos importados, especialmente da Rússia, pode ser forçado a adotar alternativas locais. O uso de bioinsumos e pó de rocha, embora promissor, ainda é limitado na produção agrícola do país. Em 14 de julho de 2025, Donald Trump anunciou que os Estados Unidos aplicariam penalidades a compradores de bens russos, incluindo fertilizantes, caso não houvesse um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. Recentemente, Trump também impôs uma taxa adicional de 25% sobre as importações da Índia, elevando a tarifa total para 50%.
Atualmente, o Brasil importa cerca de setenta e seis por cento do nitrogênio, cinquenta e cinco por cento do fósforo e noventa e quatro por cento do potássio utilizados na agricultura. A Rússia é a principal fornecedora de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) para o Brasil. Reginaldo Minaré, da Associação Brasileira de Bioinsumos (Abbins), destaca que a dependência em fertilizantes é um problema histórico e que existem alternativas viáveis. Clenio Pillon, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ressalta que os custos dos fertilizantes agora representam de quinze a trinta por cento do custo de produção, além da crescente pressão por práticas agrícolas sustentáveis.
O governo federal já identificou alternativas e lançou o Plano Nacional de Fertilizantes, que visa reduzir em cinquenta por cento a importação de fertilizantes até 2050. O plano, embora conservador, reflete a realidade de baixa capacidade de investimento e a necessidade de convencer os agricultores a adotarem insumos menos químicos. A resistência do setor agrícola é atribuída à falta de incentivos fiscais e ao baixo engajamento das universidades na pesquisa de alternativas, segundo Rogério Vian, do Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS).
Vian, que utiliza remineralizadores em suas plantações, afirma que o pó de rocha é rico em silício, essencial para a resistência das plantas. A lei que classifica o pó de rocha como fertilizante foi aprovada em 2013, mas a transição do uso de adubos químicos para pó de rocha leva, em média, três anos. Ele acredita que a crise atual pode ser uma oportunidade para o Brasil, já que a demanda por remineralizadores aumentou desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia.
O Plano Nacional de Fertilizantes inclui bioinsumos e remineralizadores como alternativas viáveis, mas a produção em escala ainda requer investimentos. A logística é um desafio, pois o transporte de pó de rocha é economicamente viável apenas em um raio de trezentos quilômetros da origem. Apesar disso, um estudo do Serviço Geológico do Brasil indica que há disponibilidade de remineralizadores para a maioria das áreas agrícolas do país. Minaré destaca que a adoção de bioinsumos pode resultar em uma economia de até trinta por cento nos custos de fertilizantes químicos.
A Embrapa possui atualmente trezentos e trinta e um projetos relacionados a bioinsumos. O fortalecimento das boas práticas de manejo, como o plantio direto, é essencial para a transição para uma agricultura mais sustentável. O plano de negócios da Petrobras prevê um investimento de novecentos milhões de dólares no segmento de fertilizantes entre 2025 e 2029. Em situações como essa, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a agricultura sustentável e a redução da dependência de insumos químicos.
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