O Brasil é o 17º país com mais crianças não vacinadas, com 229 mil sem a vacina DTP em 2024, apesar de melhorias na cobertura vacinal. A desinformação e o abandono de doses são desafios persistentes.
O Brasil foi novamente incluído na lista das 20 nações com o maior número absoluto de crianças não vacinadas, conforme relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). O país ocupa a 17ª posição, com 229 mil crianças sem nenhuma dose da vacina tríplice bacteriana (DTP) em 2024, apesar de um aumento na cobertura vacinal, que subiu de 84% em 2023 para 90% em 2024.
Os especialistas apontam que a presença do Brasil nesse ranking se deve a fatores como o tamanho populacional, o abandono de doses, a desinformação e a fragilidade na busca ativa por crianças que não completaram o esquema vacinal. A vacina DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, foi escolhida como indicador por ser uma das primeiras do calendário infantil e ter um histórico de alta cobertura.
Embora o Brasil tenha reduzido o número de crianças "zero dose" de 418 mil em 2022 para 229 mil em 2024, a cobertura ainda está abaixo da meta ideal de 95%. A mudança metodológica do Unicef, que não aplicou correções nos dados, também influenciou a posição do país no ranking, já que em anos anteriores, o Brasil tinha uma cobertura estimada de 96%.
O infectologista pediatra Renato Kfouri explica que o levantamento considera números absolutos, o que impacta países populosos como o Brasil, que, mesmo com coberturas razoáveis, aparecem entre os piores. A queda nas taxas de vacinação começou antes da pandemia, com a eliminação de doenças como sarampo e poliomielite, o que diminuiu a percepção de urgência em vacinar.
A desinformação, especialmente nas redes sociais, também contribuiu para a hesitação vacinal. A pandemia de Covid-19 agravou a situação, pois as unidades de saúde precisaram reorganizar atendimentos, e as campanhas de imunização infantil perderam prioridade. Além disso, a gestão anterior do governo incentivou o negacionismo científico, afetando a confiança da população nas vacinas.
Dados do Unicef mostram que a cobertura vacinal da tríplice viral caiu de 95% em 2016 para 87% em 2017, e em 2024, voltou a subir para 93%. A evasão entre a primeira e a segunda dose da vacina tríplice viral ultrapassa 50% em 14 estados. O Ministério da Saúde afirma que o Brasil está avançando na imunização infantil, e ações de incentivo à vacinação são essenciais para garantir a proteção das crianças. Nessa situação, nossa união pode ajudar os menos favorecidos a terem acesso à vacinação e à saúde adequada.
A vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) foi estendida até dezembro para jovens de 15 a 19 anos no Distrito Federal, mas apenas 2,3 mil se vacinaram até agora, muito abaixo da meta de 49 mil. A Secretaria de Saúde enfatiza a urgência da imunização para prevenir doenças graves, como o câncer.
Equipes de saúde do Distrito Federal aplicaram mais de 594 mil doses da vacina contra a gripe, mas a adesão entre gestantes é alarmantemente baixa, com apenas 1,4 mil vacinas administradas. A vacina é segura e essencial para prevenir complicações graves.
O Brasil introduziu o HIFU, um tratamento não invasivo que reduz em até 70% os tremores de Parkinson imediatamente após a aplicação, representando um avanço significativo na terapia. O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, é pioneiro na oferta dessa tecnologia, que já é utilizada em outros países. O procedimento, realizado com o paciente acordado e sem anestesia geral, utiliza ultrassom focado para destruir áreas do cérebro responsáveis pelos tremores. A seleção dos pacientes é criteriosa, considerando possíveis contraindicações.
Com a chegada do inverno, cresce a busca por tratamentos naturais para a tosse alérgica. Estudos comprovam a eficácia do mel, eucalipto e tomilho, mas é essencial cautela no uso.
Após 15 anos de tentativas e três perdas gestacionais, a advogada Luciana de Campos, de Campinas, conseguiu engravidar na terceira fertilização in vitro, dando à luz a filha Aisha. Ela destaca a importância de discutir a infertilidade, um tabu que afeta muitas mulheres em silêncio.
Mococa, em São Paulo, lançou um sistema informatizado de rastreamento ativo para detectar câncer de mama e colo do útero, visando reduzir a mortalidade entre mulheres jovens. A iniciativa busca identificar e convidar mulheres em risco para exames preventivos, revertendo a tendência alarmante de aumento nas taxas de mortalidade.