Uma pesquisa da revista Science revelou que a ancestralidade brasileira é composta por 60% de genes europeus, 27% africanos e 13% indígenas, evidenciando o impacto do racismo nas condições de vida de negros e indígenas. O estudo, parte do projeto DNA do Brasil, destaca a desigualdade racial e a necessidade de ações afirmativas para combater o racismo estrutural que afeta milhões de brasileiros.
Uma pesquisa recente publicada na revista Science revelou que a ancestralidade brasileira é composta por 60% de genes europeus, 27% de africanos e 13% de indígenas. O estudo, parte do projeto DNA do Brasil (Universidade de São Paulo/Ministério da Saúde), mapeou 18 perfis genéticos e trouxe à tona a realidade do racismo institucionalizado no país. A pesquisa destaca que 71% dos genes masculinos têm origem europeia, enquanto 77% dos genes femininos provêm de ancestrais africanas ou indígenas.
Os dados obtidos não apenas oferecem uma nova perspectiva sobre a saúde pública, mas também evidenciam o histórico de violência sexual enfrentado por mulheres negras, pardas e indígenas no Brasil. A pesquisadora Catarina Pignato expressou sua esperança de que o projeto sirva como uma ferramenta eficaz no combate ao racismo, desafiando a ideia de superioridade racial eurocêntrica. Contudo, ela também alertou sobre o risco de que esses dados sejam mal interpretados, podendo reforçar críticas a ações afirmativas.
Embora 99,9% da estrutura do DNA humano seja idêntica, a pequena variação de 0,1% que nos distingue fisicamente tem sido utilizada para justificar desigualdades sociais. A pesquisa indica que traços de ascendência africana podem perpetuar um ciclo de carências em diversas áreas, como educação e saúde, que afetam milhões de brasileiros. O racismo, portanto, não se limita a aspectos sociais, mas se reflete até nas moléculas do DNA da população mais miscigenada do mundo.
O estudo também ressalta a necessidade de um olhar crítico sobre as políticas públicas voltadas para a equidade étnico-racial. A pesquisa pode servir como um ponto de partida para discussões mais amplas sobre a inclusão e a valorização da diversidade no Brasil. É fundamental que a sociedade civil se mobilize para garantir que os dados sejam utilizados de forma a promover a justiça social e não para reforçar estigmas.
Além disso, a pesquisa abre espaço para um debate sobre a importância de iniciativas que visem a melhoria das condições de vida de grupos historicamente marginalizados. A união da sociedade pode ser um fator crucial para transformar a realidade de milhões de brasileiros que enfrentam desigualdades profundas. O apoio a projetos que promovam a equidade étnico-racial é essencial para construir um futuro mais justo.
Neste contexto, a mobilização social pode ser uma ferramenta poderosa para ajudar a enfrentar os desafios impostos pelo racismo. A sociedade tem a oportunidade de se unir em prol de ações que promovam a inclusão e a valorização da diversidade, contribuindo para a construção de um Brasil mais igualitário e justo para todos.
Documentos do antigo IML podem esclarecer casos de desaparecimentos durante a ditadura militar. O MPF busca tombar o acervo para preservar a memória e investigar violações de direitos humanos.
A Câmara dos Deputados aprovou projeto que proíbe a obsolescência programada, considerando-a abusiva no Código de Defesa do Consumidor. A medida, defendida por Kim Kataguiri, visa proteger consumidores e o meio ambiente. O texto seguirá para análise em outras comissões antes de possível votação no Senado.
As inscrições para a 16ª edição do Prêmio Octavio Frias de Oliveira encerram-se em 16 de agosto de 2024, com premiação de R$ 20 mil para os vencedores. A cerimônia ocorrerá em 5 de agosto de 2024, no Icesp.
A insegurança alimentar no Brasil caiu de 33 milhões em 2022 para 8 milhões em 2023, impulsionada por políticas sociais como o relançamento do Bolsa Família e aumento de recursos para assistência. A situação ainda revela contradições, com milhões sem acesso a alimentos frescos, destacando a necessidade de repensar o modelo produtivo e fortalecer a agricultura familiar.
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Novo exame nos EUA utiliza rastreamento ocular para diagnosticar autismo em apenas 15 minutos, aumentando a detecção precoce e permitindo intervenções mais eficazes. A tecnologia, desenvolvida com a participação do neurocientista Ami Klin, já é aplicada em 47 centros e em vans móveis para comunidades carentes.