Documentos do antigo IML podem esclarecer casos de desaparecimentos durante a ditadura militar. O MPF busca tombar o acervo para preservar a memória e investigar violações de direitos humanos.
Em 1971, Joel Vasconcelos Santos, um líder estudantil de 21 anos, foi preso pela repressão militar no Morro do Borel, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, e desapareceu. Após décadas de busca, sua família confirmou sua morte em 2014, utilizando comparações de digitais e características físicas. A irmã de Joel, Altair Vasconcelos, ainda busca respostas sobre quem foi responsável por sua tortura e morte, além de informações sobre sua transferência para o Instituto Médico Legal (IML).
Recentemente, documentos encontrados no antigo prédio do IML, que está abandonado desde 2009, podem trazer esclarecimentos sobre casos de violações de direitos humanos. O Ministério Público Federal (MPF) solicitou o tombamento desse acervo ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e ao Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) para garantir sua preservação. As inspeções no local, que começaram no início do ano passado, têm o apoio de grupos de direitos humanos.
O procurador Julio Araujo, do MPF, destacou a importância de proteger a documentação encontrada, alertando para a necessidade de evitar qualquer descarte ou ação que possa comprometer esses registros. A superintendente do Iphan no Rio, Patrícia Wanzeller, afirmou que o tombamento provisório impede que a polícia altere os documentos, garantindo sua integridade para futuras investigações.
Joel Vasconcelos foi o 15º desaparecido político identificado pela Comissão Nacional da Verdade, com base em informações dos arquivos do IML. Os outros 14 casos foram reconhecidos em 1991, todos sepultados como indigentes no Cemitério de Ricardo de Albuquerque. Os documentos encontrados incluem fichas de agentes do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) e laudos de necrópsias, que podem ajudar a identificar outros mortos e desaparecidos.
Os registros, que abrangem o período de 1971 a 1981, são considerados inéditos e de grande importância para a memória histórica do Brasil. Felipe Nin, do Coletivo Memória, Verdade, Justiça e Reparação, e Rafael Maui, do Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro, ressaltaram que esses documentos podem contribuir significativamente para a identificação de vítimas da repressão.
A situação do antigo IML, que se encontra em estado precário, levanta questões sobre a preservação da memória da ditadura civil-militar. A união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que busquem justiça e reparação para as vítimas desse período sombrio da história brasileira. Projetos que promovam a preservação da memória e a busca por justiça merecem ser incentivados e apoiados por todos nós.
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