Jorge Abache critica a falta de estratégia do Brasil em sustentabilidade, destacando seu potencial em biocombustíveis e energia renovável, enquanto a Europa resiste a essas soluções. A mudança de abordagem é urgente.
A China se consolidou como líder em energia limpa, transformando sua dependência energética em uma poderosa indústria de exportação. Em contraste, o Brasil enfrenta desafios significativos na economia verde, conforme aponta Jorge Abache, especialista em finanças climáticas e professor da Universidade de Brasília. Ele critica a falta de uma visão estratégica do Brasil em sustentabilidade, ressaltando o potencial do país em biocombustíveis e energia renovável, além de alertar sobre a resistência europeia a esses combustíveis.
Abache destaca que a China, ao enxergar a sustentabilidade como uma oportunidade de negócios, conseguiu lucrar com soluções que inicialmente eram vistas como problemas ambientais. O especialista observa que o Brasil, apesar de ter recursos naturais abundantes e tecnologia disponível, não tem uma agenda robusta para transformar a sustentabilidade em uma oportunidade econômica. O conceito de "Power Shoring", desenvolvido por ele, refere-se à exportação de soluções verdes para indústrias que precisam descarbonizar.
O Brasil tem potencial para liderar em biocombustíveis e energia renovável, mas enfrenta barreiras geopolíticas, especialmente na Europa, onde há resistência em aceitar biocombustíveis brasileiros. Abache argumenta que essa resistência é mais uma narrativa política do que uma questão de fatos, já que o Brasil possui uma infraestrutura consolidada e experiência de cinco décadas com etanol.
Dados da Agência Internacional de Energia (IEA) indicam que a demanda global por biocombustíveis deve crescer pelo menos trinta por cento até dois mil e vinte e oito, enquanto o Brasil já possui um terço da demanda de combustível sustentável. A nova Lei do Combustível do Futuro, sancionada em outubro de dois mil e vinte e quatro, estabelece marcos regulatórios para fomentar combustíveis renováveis, como diesel verde e biometano.
Abache também alerta que a geografia favorável do Brasil pode se tornar um problema no contexto geopolítico, especialmente com a crescente tensão relacionada à água. Ele enfatiza que a Amazônia, rica em recursos hídricos, pode se tornar um ponto de vulnerabilidade. Com a COP30 se aproximando, o especialista defende uma mudança radical no discurso brasileiro, sugerindo que o país deve focar em soluções de mercado em vez de esperar doações internacionais.
O economista acredita que a exploração de petróleo na margem equatorial pode ser uma forma de financiar a transição energética do Brasil. Ele argumenta que esses recursos são essenciais para o desenvolvimento do país. Em um cenário onde a agenda climática se torna cada vez mais relevante, a união da sociedade civil pode ser fundamental para impulsionar projetos que promovam a sustentabilidade e a economia verde no Brasil.
Ricardo Lewandowski apresentou um projeto de lei à Casa Civil que define o crime de ecocídio, prevendo penas de 10 a 40 anos de prisão e sanções administrativas para infratores. A proposta visa proteger o meio ambiente e responsabilizar pessoas jurídicas.
Pescadores avistaram uma onça parda nadando no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (MT), ressaltando a importância da preservação da espécie ameaçada de extinção. O felino, conhecido por sua habilidade de nadar, foi flagrado por Matheus Moreira e Paulo Roncaglio, que estavam na região para pescar.
Pesquisadores identificaram uma queda alarmante na população de maçaricos-rasteirinhos na costa da Amazônia, atribuída ao avanço do mar e à perda de habitat. O estudo, realizado entre 2018 e 2020, destaca a vulnerabilidade da região às mudanças climáticas.
O Brazil Climate Summit NYC 2025, agendado para 19 de setembro na Universidade de Columbia, reunirá líderes para discutir a transição para uma economia de baixo carbono e cadeias de suprimentos resilientes. O evento, que destaca o investimento de R$ 225 bilhões em energia renovável no Brasil, visa posicionar o país como um parceiro confiável em um cenário global desafiador.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, foi aplaudida na Flip ao discutir a COP30 e criticar a saída dos EUA do Acordo de Paris, elogiando a China por seus avanços em tecnologia energética. A presença de Alessandra Sampaio, viúva de Dom Phillips, emocionou a ministra.
A praça Dom José Gaspar, em São Paulo, foi revitalizada com o plantio de 11 árvores nativas e diversas plantas ornamentais, parte do programa FLOReCIDADE, que já revitalizou mais de 860 mil m² na cidade. A iniciativa visa embelezar áreas urbanas e promover um ambiente mais agradável, com a expectativa de que a presença de verde reduza a sujeira e melhore a qualidade de vida dos frequentadores.