A alta nos preços de hospedagem em Belém ameaça a participação de países pobres na COP30, levando a ONU a convocar uma reunião de emergência. Delegações enfrentam diárias de até US$ 700, inviabilizando sua presença.
A COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, ocorrerá em Belém em novembro de 2025. No entanto, a participação de países com orçamento limitado está ameaçada devido à alta nos preços de hospedagem. Delegações que dispõem de apenas US$ 143 por dia enfrentam diárias que chegam a US$ 700, tornando inviável a presença desses países no evento. A ONU convocou uma reunião de emergência e 25 países, incluindo os mais vulneráveis ao clima, protestaram formalmente.
O governo do Pará, sob a liderança de Helder Barbalho, busca soluções para o problema, mas admite que não pode interferir nos preços praticados. A situação é crítica, pois a falta de opções acessíveis pode resultar na exclusão de nações que são as mais afetadas pelas mudanças climáticas. O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, destacou que a ausência dos países mais pobres comprometeria a legitimidade da conferência.
As organizações civis e ambientais também expressam preocupação com a exclusão de vozes importantes no debate. Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, alertou que a diminuição das delegações pode levar à contestação das resoluções da conferência. O governo do Pará anunciou a construção de novos hotéis e a adaptação de escolas para receber visitantes, mas as ofertas ainda não atendem às necessidades financeiras das delegações.
Uma plataforma criada para disponibilizar hospedagens a preços acessíveis não apresenta opções que se encaixem no orçamento dos países em desenvolvimento. A média de preços está acima de US$ 300, enquanto as delegações buscam diárias limitadas a US$ 70. A consultora Vanessa Robinson, que auxilia ONGs, relatou que os altos preços têm dificultado a participação de grupos de diversos países, incluindo nações desenvolvidas.
O Instituto Perifa Sustentável, que planejava levar representantes de comunidades vulneráveis para a COP30, também enfrenta dificuldades. A co-fundadora Mahryan Sampaio mencionou que as propostas de hospedagem são exorbitantes, colocando em risco a meta de uma conferência participativa. A falta de diálogo entre o poder público e a comunidade local é vista como um fator que contribui para a crise de hospedagem.
O governo do Pará reafirma seu compromisso em ampliar a oferta de hospedagem, mas a situação atual exige ação imediata. A união da sociedade civil pode ser fundamental para garantir que as vozes dos menos favorecidos sejam ouvidas na COP30. Projetos que visem apoiar a participação de delegações e organizações civis são essenciais para assegurar um debate inclusivo e representativo.
O uso de tecnologia e ciência cidadã tem impulsionado a identificação de baleias-jubarte na Antártida, promovendo sua conservação e engajando o público em sua proteção. A plataforma Happywhale, com mais de 112 mil registros, permite que turistas e pesquisadores contribuam para o monitoramento desses cetáceos, essenciais para a saúde dos oceanos.
O GLOBO ganhou o Prêmio GDA de Jornalismo 2025 com uma série sobre povos indígenas isolados na Amazônia, revelando a presença de etnias como os Kawahiva e os riscos que enfrentam. A série, publicada em dezembro de 2024, destacou a eficácia da política de não contato da Funai e a importância da tecnologia na proteção dessas comunidades.
Mário Moscatelli será homenageado na 14ª edição do Filmambiente, que ocorrerá de 27 de agosto a 5 de setembro, no Estação NetRio, em Botafogo, com a exibição gratuita de 47 filmes de 25 países. O festival abordará o Colonialismo Ambiental, destacando a luta pela preservação cultural e ambiental. A mostra paralela Visions Du Réel, apoiada pela Embaixada da Suíça, também será apresentada, trazendo um importante acervo de documentários.
Estudo revela que modelos de IA emitem até 50 vezes mais CO2 em respostas complexas. Pesquisadores alertam para o impacto ambiental e sugerem uso consciente da tecnologia para mitigar emissões.
Ibama aprova conceito do Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada da Petrobras, permitindo vistorias e simulações para responder a derramamentos de óleo na Bacia da Foz do Amazonas. A continuidade do licenciamento depende da viabilidade operacional do plano.
Estudo revela que as ciências humanas são as menos financiadas nas pesquisas sobre a Amazônia, destacando a urgência de integrar a saúde local e promover colaboração entre países da região.