Durante a nona mesa da Festa Literária Internacional de Paraty, Ynaê Lopes dos Santos e Tiago Rogero abordaram a invisibilidade do racismo no Brasil, destacando a falta de representatividade negra no evento e a urgência de reparação social e financeira. Eles enfatizaram que a responsabilidade pela luta antirracista recai sobre os brancos, que se beneficiam do sistema. Lopes dos Santos defendeu a importância das cotas raciais e a necessidade de redistribuição de renda para promover equidade.

A nona mesa da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) trouxe à tona a discussão sobre a invisibilidade do racismo no Brasil. A historiadora Ynaê Lopes dos Santos e o jornalista Tiago Rogero destacaram a falta de representatividade negra no evento e a urgência de reparação financeira e social. Lopes dos Santos enfatizou que a imagem refletida no espelho da sociedade brasileira é distorcida, revelando a complexidade e a violência do racismo, evidenciada pela predominância de uma plateia quase exclusivamente branca.
Durante a mesa intitulada "O Brasil no Espelho", Lopes dos Santos afirmou que a estrutura racista impede que pessoas negras tenham acesso a viagens e hospedagens, refletindo uma realidade social desigual. Ela também lançou seu novo livro, "Irmãs do Atlântico: Escravidão e Espaço Urbano no Rio de Janeiro e Havana", que explora as cidades escravistas do século dezenove. Rogero, criador do Projeto Querino, complementou que a presença de pessoas brancas na plateia é positiva, mas ressaltou a ausência de vozes negras no evento.
Rogero criticou a falta de diversidade em publicações, mencionando um jornal carioca que, mesmo ao celebrar um centenário, não incluiu colunistas negros. Ele argumentou que a luta antirracista deve ser constante e que a mentalidade ultrapassada ainda persiste em muitos espaços. Lopes dos Santos e Rogero concordaram que a responsabilidade de combater o racismo recai principalmente sobre as pessoas brancas, que se beneficiam desse sistema.
A historiadora destacou que o racismo molda a percepção do que é considerado normal, como a maior presença de pessoas negras em situação de rua. Ela se posicionou a favor das cotas raciais, afirmando que elas transformaram a sala de aula na Universidade Federal Fluminense (UFF), onde é a única professora negra entre sessenta docentes. Lopes dos Santos também defendeu a tributação de grandes fortunas como uma medida essencial para a redistribuição de renda e a luta antirracista.
Ambos os autores enfatizaram a necessidade de reparação que vá além do simbólico, propondo ações concretas para corrigir desigualdades históricas. Lopes dos Santos mencionou que muitos descendentes de ex-escravagistas detêm fortunas construídas sobre a exploração de corpos negros. A mesa foi mediada pela escritora e ativista Juliana Borges, que destacou a importância de contar uma nova história do Brasil.
As discussões na Flip revelam a urgência de ações coletivas para enfrentar o racismo estrutural no Brasil. Projetos que promovem a inclusão e a reparação social são fundamentais para transformar essa realidade. A união da sociedade civil pode ser um passo importante para apoiar iniciativas que busquem justiça e equidade racial, contribuindo para um futuro mais justo e igualitário.

A cena da faxineira Lucimar em "Vale Tudo" gerou um aumento de 300% na busca pelo aplicativo da Defensoria Pública no Rio de Janeiro, destacando o impacto social da novela. A trama, embora com baixa audiência, promoveu discussões relevantes sobre pensão alimentícia.

O GLOBO promove debate gratuito sobre "Cultura em movimento" no dia 2 de julho, reunindo líderes culturais e políticos para discutir o impacto econômico da cultura no Rio de Janeiro. O evento, que contará com a participação de Danielle Barros, Clara Paulino e outros, destaca a importância da cultura na geração de empregos e no fortalecimento da identidade fluminense.

O Ministério da Saúde destinará R$ 561 milhões para pesquisas científicas em 2025, cinco vezes mais que no governo anterior, priorizando Saúde da Mulher e Oncologia, com 49,4% dos projetos liderados por mulheres.

Moradores de Samambaia Sul celebram a inauguração do Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico na UBS 5, promovendo saúde e fortalecimento comunitário. A iniciativa, resultado da parceria entre a SES-DF e a Fiocruz Brasília, busca implementar políticas públicas em áreas vulneráveis.

O pedido de tombamento do Bar Balcão foi arquivado, mas o balcão e as obras de arte foram provisoriamente tombados, garantindo sua preservação até nova decisão. O Conpresp também arquivou o tombamento do Teatro Aliança Francesa.

A Zona Norte do Rio de Janeiro se prepara para o MoviRio Festival 2025, que traz música, dança e debates sobre inclusão. O evento, com atrações gratuitas, promete impactar a comunidade e valorizar a diversidade cultural.