O Brasil emitiu seus primeiros créditos de carbono por agricultura regenerativa, com certificação da Verra, destacando-se no mercado global e promovendo práticas sustentáveis em propriedades rurais. A Fazenda Flórida, no Mato Grosso do Sul, é um modelo de sucesso, utilizando tecnologia avançada para monitoramento e promovendo resiliência climática e aumento da produtividade agrícola.

O Brasil alcançou um marco significativo ao emitir seus primeiros créditos de carbono por meio da agricultura regenerativa, recebendo certificação da Verra, a principal referência global no mercado voluntário de carbono. Este feito posiciona o país como um importante player no cenário internacional, especialmente em um ano marcado pela COP30. O projeto, desenvolvido pela empresa anglo-brasileira NaturAll Carbon, utiliza a metodologia Agriculture Land Management e é apenas o segundo do mundo a ser certificado dessa forma, atrás de um projeto recente na Romênia.
A Fazenda Flórida, situada no Mato Grosso do Sul, foi escolhida como modelo devido às suas práticas regenerativas em uma área de aproximadamente três mil hectares. A propriedade, que historicamente se dedicou à pecuária extensiva, demonstrou a capacidade de remover carbono da atmosfera de maneira mensurável, permanente e replicável. Um estudo do Boston Consulting Group (BCG) aponta que o Cerrado pode contribuir com até US$ 100 bilhões ao PIB brasileiro por meio de práticas agrícolas sustentáveis.
Para a quantificação dos créditos de carbono, foi empregada a tecnologia DayCent, que realiza simulações de carbono em solos agrícolas. O monitoramento do projeto é feito por meio de sensoriamento remoto e imagens de satélite, complementados por uma base de dados geoespacial. A NaturAll Carbon destaca que a estrutura do projeto permite a inclusão de novas propriedades rurais a qualquer momento, tornando o modelo escalável e inclusivo.
O foco do projeto abrange várias fazendas privadas que adotam práticas como recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária, plantio direto e rotação de culturas. Alexandre Leite, cofundador e CEO da NaturAll Carbon, afirmou que a emissão dos primeiros créditos representa um divisor de águas para o setor agropecuário no Brasil, reconhecendo e recompensando os produtores que regeneram o solo e capturam carbono.
Além de contribuir para a mitigação das emissões de carbono, o projeto promove a resiliência climática, aumenta a produtividade agrícola e reduz custos com insumos, preservando recursos naturais. Essas ações estão alinhadas com as metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris, reforçando a importância de práticas sustentáveis no setor agropecuário.
Iniciativas como essa devem ser apoiadas pela sociedade civil, pois têm o potencial de transformar o setor agrícola e contribuir para um futuro mais sustentável. A união em torno de projetos que promovem a regeneração do solo e a captura de carbono pode fazer uma diferença significativa na luta contra as mudanças climáticas.

A bióloga Yara Barros, coordenadora do projeto Onças do Iguaçu, foi premiada com o Whitley Award, recebendo £ 50 mil para expandir suas iniciativas de conservação da onça-pintada no Paraná. O prêmio aumenta a visibilidade do projeto e possibilita a compra de equipamentos e treinamento, visando a preservação dessa espécie ameaçada.

Orlando Bloom se submeteu a um tratamento de aférese para remover microplásticos do sangue, mas a eficácia desse procedimento não é comprovada cientificamente. A contaminação por microplásticos é uma preocupação crescente.

A COP-30, que ocorrerá na Amazônia, terá o Curupira como mascote, simbolizando a proteção das florestas. O embaixador André Corrêa do Lago enfatiza a importância das florestas e saberes indígenas na luta climática.

Em maio de 2025, o Brasil enfrentou chuvas dentro da média no Norte e Nordeste, mas registrou secas extremas no Centro-Oeste e Sudeste, com temperaturas mínimas abaixo de 1°C e até neve no Sul. Eventos climáticos severos impactam a agricultura e a população.

Belém se prepara para a COP30, enfrentando a urgência de obras de drenagem devido ao aumento de desastres climáticos, que cresceram 222% entre 2020 e 2023, refletindo a falta de resiliência do Brasil.

A empresa Ouro Verde, após o colapso de seu lixão em junho, foi multada em R$ 37,5 milhões e enfrenta a necessidade de 4 mil viagens para limpar a contaminação que alcançou o Rio Maranhão. A Justiça Federal ordenou o fechamento do local, que operava em área de preservação, apesar da oposição do Ministério Público. Cidades como Teresina, Goiânia e Manaus estão sob risco semelhante e devem adotar aterros sanitários conforme a Lei de Resíduos do Solo.