Brasil não cumprirá meta de erradicação do trabalho infantil até 2025, com mais de 1,6 milhão de crianças no mercado, sendo 586 mil em situações severas de exploração. Ações integradas são urgentes.

Pela segunda vez, o Brasil não conseguirá cumprir a meta de erradicar o trabalho infantil, um compromisso assumido na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). O prazo para eliminar as piores formas de exploração expirou em 2016, e o limite para erradicar totalmente o problema se encerra em 2025. Em 2023, mais de 1,6 milhão de crianças e adolescentes ainda estavam no mercado de trabalho, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A legislação brasileira proíbe o trabalho para menores de 16 anos, exceto na condição de aprendiz a partir dos 14 anos. No entanto, é comum encontrar crianças e adolescentes em semáforos vendendo produtos ou trabalhando em lavouras. A juíza do Trabalho Mariana Milet, coordenadora regional do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem de Pernambuco, alerta que esses jovens permanecem “invisíveis” na sociedade, sendo frequentemente oriundos de famílias em extrema vulnerabilidade social.
O ciclo de exploração tende a se perpetuar se não forem oferecidas oportunidades para que essas crianças se dediquem aos estudos. Entre as ações para combater essa prática, destacam-se palestras e rodas de conversa nas escolas, que ajudam as vítimas a reconhecerem sua condição. Milet enfatiza que a educação é um pilar fundamental para a erradicação do trabalho infantil, e que a aprendizagem deve ser uma política pública efetiva de proteção.
Felipe Caetano, que começou a trabalhar como garçom aos oito anos, relata sua experiência de exploração e como uma palestra na escola o ajudou a perceber sua condição de vítima. Com o apoio de um procurador do Trabalho, ele se tornou defensor dos direitos da criança e ingressou em uma escola de tempo integral, conseguindo passar no vestibular para o curso de Direito. Hoje, ele busca proporcionar a outras crianças a mesma chance de romper o ciclo de exploração.
Em 2023, cerca de 586 mil crianças e adolescentes estavam em situações de exploração severa, com a maioria atuando no comércio e nas atividades agrícolas. As piores formas de trabalho infantil incluem atividades que oferecem riscos à saúde e à segurança. A juíza Viviane Martins destaca a naturalização do trabalho infantil, especialmente no setor doméstico, onde a maioria dos empregadores pertence às classes média e alta.
Para enfrentar essa questão complexa, é essencial a atuação conjunta de diversos atores, incluindo o sistema de Justiça, a sociedade civil e o Poder Público. A juíza Patrícia Pereira de Sant’Anna ressalta a necessidade de recursos humanos adequados para lidar com o problema. Em um cenário onde a exploração infantil é frequentemente invisibilizada, a união da sociedade pode fazer a diferença, apoiando iniciativas que visem a proteção e a educação dessas crianças.

A Secretaria de Saúde do DF lançou o curso “Nós na Rede” para capacitar 225 profissionais em saúde mental, com foco em cuidados a pessoas com transtornos mentais e em privação de liberdade. A formação, que se estenderá até fevereiro de 2026, é uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e busca aprimorar a atuação das equipes na Rede de Atenção Psicossocial (Raps).

O CEF 03 de Planaltina realizou sua primeira eleição do Herói da Integridade, com urna eletrônica criada por alunos, promovendo democracia e valores éticos no ambiente escolar. O projeto NaMoral, do MPDFT e SEEDF, já impactou mais de 20 mil estudantes.

A Câmara dos Deputados deve discutir na quarta-feira o projeto que visa combater a "adultização" de crianças e adolescentes nas redes sociais, após a urgência aprovada no Senado. O texto, defendido pelo deputado federal Hugo Motta, estabelece regras para proteger menores e responsabiliza plataformas digitais.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciou que a União irá ressarcir aposentados e pensionistas vítimas de fraudes no INSS, com um total de R$ 6,3 bilhões em investigação. O governo garantiu que todos os prejudicados serão compensados, mas a restituição será restrita a quem realmente sofreu perdas.

Acidentes com escorpiões no Brasil aumentaram 150% na última década, com mais de 1 milhão de casos entre 2014 e 2023. Especialistas alertam para uma epidemia oculta que pode triplicar até 2033.

O Paraná se destaca como o primeiro membro afiliado da Rede Global de Cidade e Comunidade Amiga da Pessoa Idosa na América do Sul, promovendo políticas de envelhecimento saudável. O governador Carlos Massa Ratinho Junior e a secretária Leandre Dal Ponte celebram a conquista, que visa certificar todos os 399 municípios do estado. A iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) busca criar ambientes mais inclusivos para os idosos, com a expectativa de que mais cidades adotem essas práticas.