Caçadores criticam a gestão do controle do javali pelo Ibama, pedindo descentralização e mais transparência, enquanto o órgão admite falhas nos dados e busca reestruturar o monitoramento da espécie invasora.

Caçadores questionam a eficácia das políticas de controle do javali, uma espécie exótica e invasora no Brasil. Eles pedem a descentralização das ações, citando falhas nos dados, falta de estudos e ausência de transparência. A discussão se intensifica com a revisão da política prevista para este ano. Daniel Terra, presidente da Associação Nacional de Caça e Conservação, afirma que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) se tornou um obstáculo, sugerindo que a responsabilidade deveria ser transferida aos estados, que teriam mais capacidade de agir conforme as realidades locais.
O Ibama reconhece lacunas nos dados sobre a população de javalis e busca reestruturar o monitoramento. O órgão ambiental admitiu que não possui informações sobre prisões ou solturas ilegais da espécie e que nunca foram realizados estudos populacionais ou de dispersão. Terra questiona: “Como atribuir culpa ao caçador se não se tem nenhum estudo e ninguém foi preso soltando javali?”. O Ibama, por sua vez, afirma que a contribuição da caça para a dispersão da espécie não tem respaldo técnico-científico, mas não pode ser descartada devido à falta de dados.
Entre 2019 e os primeiros quatro meses de 2025, cerca de um milhão e quinhentos mil javalis foram abatidos, segundo dados autodeclarados por caçadores. Terra estima que o total de animais abatidos e nascimentos evitados ultrapasse oito milhões. O Ibama reconhece que os dados fornecidos podem estar incompletos e que mais da metade dos relatórios não informa o sexo ou a idade dos javalis abatidos. Apesar disso, Terra afirma que sessenta e cinco por cento dos animais caçados são adultos em idade reprodutiva, sendo quarenta e dois por cento fêmeas.
Outra crítica levantada por Terra é a falta de transparência nos dados, que só foram acessados após um pedido parlamentar. Ele afirma que “não existe transparência” e que os dados deveriam orientar a política pública para o controle do javali. As críticas ao modelo atual de controle, que está em vigor desde dois mil e treze, aumentam com a expectativa de revisão. Um ponto central da discussão é a proposta de priorizar o uso de armadilhas em vez de armas de fogo, embora as armadilhas representem apenas dois por cento dos casos.
O Ibama não estudou os impactos dos javalis na biodiversidade, mas reconhece que a espécie compete com a fauna nativa e causa desequilíbrio ecológico. O órgão realiza ações contínuas de controle para proteger a biodiversidade, incluindo espécies ameaçadas. É importante ressaltar que a carne dos javalis abatidos não pode ser transportada ou comercializada, e a caça é permitida apenas para fins ambientais, não comerciais ou esportivos.
Algumas unidades de conservação já implementam ações contra a presença de javalis, utilizando armadilhas e abates assistidos. O Ibama permanece aberto ao diálogo com o Congresso Nacional e a sociedade civil para encontrar soluções conjuntas. Em face do avanço da infestação, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a preservação ambiental e o controle eficaz da espécie invasora.

Organizações entregaram recomendações à COP30 para aumentar o financiamento à Amazônia, visando captar até US$ 125 bilhões até 2030 para conservação e desenvolvimento sustentável. A proposta destaca a urgência de ações para evitar o colapso climático global.

Iniciativas de captura de carbono (CCUS) no Brasil podem reduzir até 190 milhões de toneladas de CO₂ anualmente. Empresas como Repsol e FS investem em tecnologias inovadoras, mas falta incentivo público.

O Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) buscam aumentar o escoamento de energia no Nordeste para viabilizar projetos de hidrogênio verde, enfrentando desafios de infraestrutura. O ONS estuda liberar até 1,8 GW na região, mas empresas de hidrogênio verde enfrentam dificuldades para acessar a rede elétrica, essencial para investimentos em 2026.

Estudo revela que a usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, agrava secas e prejudica a pesca, desafiando a operadora Norte Energia, que nega os impactos. Comunidades ribeirinhas se mobilizam para monitorar os efeitos.

Ciclone se aproxima do Sudeste, trazendo chuvas intensas e risco de alagamentos. Inmet alerta para ventos fortes e deslizamentos em várias regiões do Brasil.

Cientistas alertam que a população de vaga-lumes no Brasil pode diminuir pela metade em 30 anos devido ao aquecimento global e poluição luminosa. Santuários para proteção ainda não existem no país.