Cacica Jamopoty Tupinambá reivindica devolução do manto sagrado ao seu povo na Bahia. O Museu Nacional do Rio de Janeiro não avançou nas negociações, apesar do apoio do governo.

O manto tupinambá, um artefato sagrado, retornou ao Brasil em 2024 após uma longa luta pela repatriação que começou em 2000. A cacica Jamopoty Tupinambá, de sessenta e três anos, expressou sua frustração, afirmando: "Eu sinto como se o manto ainda estivesse na Dinamarca." O grupo indígena agora reivindica a devolução do manto para Olivença, na Bahia, onde acreditam que ele deve estar, pois representa a memória de seus ancestrais.
Desde sua chegada ao Museu Nacional do Rio de Janeiro em julho de 2023, os tupinambás só puderam ver o manto em sessões especiais. Durante a cerimônia de retorno, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu que o artefato deveria ser enviado para o território tupinambá, destacando o papel dos indígenas na luta pela repatriação. "O lugar dele não é aqui," afirmou Lula, enfatizando a necessidade de um espaço adequado para sua preservação.
Apesar do apoio do governo, os diálogos sobre o envio do manto para Olivença não avançaram. O Museu Nacional declarou que não participou de reuniões com os tupinambás após a chegada do artefato e que não iniciou um processo para sua devolução. O diretor do museu, Alexander Kellner, teria afirmado que não permitiria o envio do manto, gerando descontentamento entre as lideranças indígenas.
Os tupinambás, que foram considerados extintos até o reconhecimento oficial em 2001, veem o manto como um símbolo de sua identidade e resistência. "Nós temos um manto de 386 anos que ficou na Dinamarca, preservado, para mostrar ao mundo que ainda estamos aqui, vivos," disse Jamopoty. O artefato, confeccionado com penas de aves, foi levado à Europa por holandeses em 1644 e mantido no Museu Nacional da Dinamarca desde 1689.
A luta pela demarcação do território tupinambá, iniciado em 2009, ainda não foi homologada. O Ministério Público Federal recomendou o fim do processo declaratório, mas a aprovação depende das assinaturas do presidente e do ministro da Justiça. A cacica Jamopoty expressou preocupação com a segurança do manto no museu, lembrando o incêndio de 2018 que destruiu grande parte do acervo.
O retorno do manto tupinambá trouxe visibilidade à luta por demarcação e identidade do povo tupinambá. "O manto voltou para nós no momento em que mais precisávamos," afirmou Jamopoty. A união da sociedade civil pode ser crucial para apoiar a preservação e a valorização da cultura indígena, ajudando a fortalecer a luta por direitos e reconhecimento.

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