O Cade suspendeu a moratória que proibia a compra de soja de terras desmatadas na Amazônia, gerando críticas de ONGs e apoio do agronegócio. A decisão pode aumentar o desmatamento antes da COP30.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) suspendeu a moratória que impedia grandes empresas de soja de adquirir grãos provenientes de terras desmatadas na Amazônia. A decisão, anunciada na noite de segunda-feira, dia 18, foi criticada por organizações não governamentais (ONGs) ambientalistas e ocorre a apenas três meses da Conferência das Partes (COP30) em Belém. O Cade justificou a suspensão como uma "medida preventiva", alegando que o acordo, em vigor desde 2006, é anticompetitivo e prejudica a exportação de soja.
Trinta empresas exportadoras, incluindo a Cargill e a Louis Dreyfus, têm dez dias para se desvincular da moratória, sob pena de multas severas. A decisão do Cade foi motivada por uma solicitação da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, que representa o forte lobby do agronegócio, um setor vital para a economia brasileira e o maior exportador de soja do mundo.
A moratória foi estabelecida em 2006 em resposta à pressão do mercado europeu, devido ao aumento do desmatamento na Amazônia. Os signatários se comprometeram a não comercializar soja de terras desmatadas a partir de 2008. Desde então, o desmatamento na região caiu em sessenta e nove por cento entre 2009 e 2022, segundo várias ONGs.
Organizações como a Mighty Earth criticaram a suspensão, afirmando que "pavimenta o caminho para ainda mais desmatamento em um dos ecossistemas mais vitais do planeta". Cristiane Mazetti, do Greenpeace Brasil, lamentou a decisão, destacando que ela não apenas estimula o desmatamento, mas também silencia o direito do consumidor de optar por produtos que não contribuam para a devastação da Amazônia.
Por outro lado, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) comemorou a decisão do Cade, considerando-a um marco na defesa da livre concorrência. A divergência de opiniões entre ONGs e representantes do agronegócio reflete a complexidade do debate sobre a sustentabilidade e a economia no Brasil.
Nesta situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para apoiar iniciativas que promovam a preservação ambiental e a responsabilidade social. Projetos que visem a proteção da Amazônia e a promoção de práticas agrícolas sustentáveis precisam de apoio e incentivo, mostrando que a conscientização e a ação coletiva são essenciais para um futuro mais equilibrado.
A COP30, em novembro, celebrará uma década do Acordo de Paris, destacando a necessidade urgente de ações climáticas efetivas, com foco em cidades e regiões. A inclusão de líderes locais é crucial para transformar compromissos em resultados tangíveis.
Ibama flagra desmatamento de quase cinco mil hectares de vegetação nativa em Santa Catarina para cultivo de Pinus, enquanto uma liminar judicial impede ações contra a empresa responsável. A degradação ameaça a biodiversidade e a proteção dos Campos de Altitude.
O Brasil conta com 111 projetos de hidrogênio verde, totalizando R$ 454 bilhões em investimentos. A amônia verde se destaca por sua competitividade de custo em relação à versão convencional.
Representantes de 18 organizações civis entregaram um milhão de assinaturas contra o projeto de lei que flexibiliza o licenciamento ambiental ao governo, enquanto Lula avalia possíveis vetos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com ministros para discutir o projeto, que gera divisões internas no governo. A proposta é criticada por ambientalistas e especialistas, que alertam para riscos ambientais.
Novo relatório da ONU revela que a seca extrema na Amazônia entre 2023 e 2024 é uma das mais severas já registradas, impactando ecossistemas e comunidades ribeirinhas, além de afetar o comércio global. A estiagem causou a morte de animais e comprometeu o abastecimento de água, evidenciando a urgência de ação diante das mudanças climáticas.
Um novo projeto de energia solar promete aumentar a eficiência em trinta por cento e reduzir custos em vinte por cento, com implementação prevista em diversas cidades até o final do próximo ano. Essa iniciativa surge em um contexto de crescente foco em energias renováveis para combater as mudanças climáticas.