ICMBio e BNDES promovem consulta pública sobre concessão de serviços no Parque Nacional e Floresta Nacional de Brasília, gerando protestos contra a possível cobrança de ingressos.
Até 17 de maio, a população do Distrito Federal pode participar de uma consulta pública sobre a proposta do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a concessão de serviços de visitação no Parque Nacional de Brasília (PNB) e na Floresta Nacional de Brasília (Flona). O objetivo é ouvir a sociedade sobre melhorias na experiência do visitante e na conservação ambiental das duas Unidades de Conservação.
A proposta inclui a revitalização das piscinas da Água Mineral, melhorias na acessibilidade, sinalização e trilhas, reforma dos centros de visitantes, criação de áreas de acampamento e instalação de serviços de alimentação. Também estão previstas ações para aumentar a segurança e apoiar brigadas de incêndio, além de iniciativas de educação ambiental.
Um dos destaques é a inclusão do Lago de Santa Maria no circuito de visitação, com a implantação de transporte interno para facilitar o deslocamento entre os atrativos. Esse transporte será opcional, coexistindo com o acesso por trilhas, bicicletas e a pé, conforme o plano de manejo que restringe o uso de veículos particulares na área.
Entretanto, a proposta gera preocupações entre frequentadores do PNB e da Flona, que temem que a privatização dos serviços resulte na cobrança de ingressos, limitando o acesso gratuito às áreas naturais. Grupos ambientalistas e comunitários convocaram um protesto no dia 12 de abril, alertando que a concessão pode ameaçar o acesso a trilhas e outros atrativos mantidos por voluntários.
Os manifestantes destacam a importância dessas áreas para a qualidade de vida da população, afirmando que a concessão privada e a possível cobrança de ingressos podem restringir o direito ao lazer e ao contato com a natureza, especialmente para as comunidades de baixa renda. O Parque Nacional de Brasília, com 42 mil hectares, é uma das principais áreas protegidas do Cerrado e recebeu 196.560 visitantes em 2024.
Nesta situação, a união da sociedade civil pode ser fundamental para garantir o acesso a esses espaços públicos e comunitários. Projetos que busquem apoiar a manutenção e a conservação das áreas naturais são essenciais para preservar o direito de todos ao lazer e à natureza, especialmente para as populações mais vulneráveis.
Cientista Marina Hirota lidera pesquisa sobre umidade na Amazônia, revelando que 40% da água é reciclada entre julho e outubro, e que o desmatamento impacta a umidade e provoca secas extremas.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, criticou o Projeto de Lei Geral do Licenciamento Ambiental, alertando para retrocessos e a necessidade de fortalecer o Ibama. A proposta, que tramita há mais de 20 anos, pode gerar uma "guerra da 'licencidade' ambiental".
A degradação da Mata Atlântica caiu 14% em 2024, mas ainda assim 71.109 hectares foram desmatados, com eventos mais concentrados e maiores. O impacto ambiental continua alarmante, especialmente em áreas críticas.
O desmatamento na Mata Atlântica caiu 14% em 2024, mas ainda é considerado elevado. A agricultura e desastres naturais, como a tempestade no Rio Grande do Sul, foram os principais responsáveis pela destruição. O governo lançou um plano até 2027 para combater o desmate.
Scott Loarie, diretor-executivo do iNaturalist, visa alcançar 100 milhões de usuários anuais até 2030, destacando a importância do Desafio Mundial da Natureza Urbana para engajar mais pessoas na ciência cidadã. A plataforma, que já conta com 20 milhões de usuários, busca facilitar o uso do aplicativo e expandir projetos comunitários.
Pesquisadores buscam modificar geneticamente plantas para aumentar a tolerância ao calor, visando mitigar os impactos das mudanças climáticas na produção de alimentos. A edição genética pode ser crucial para garantir a segurança alimentar futura.