A Usina Termelétrica Paulínia Verde transforma metano de aterros em eletricidade, contribuindo para a economia circular e a redução de emissões no Brasil. O projeto, que gera energia para 500 mil pessoas, pode expandir a produção de biometano, substituindo combustíveis fósseis.
Em Paulínia, interior de São Paulo, a Usina Termelétrica Paulínia Verde transforma metano de aterros sanitários em eletricidade, contribuindo para a economia circular e a geração de energia limpa. Diariamente, cerca de quinhentos caminhões despejam quatro mil e quinhentas toneladas de resíduos, oriundos de cinco milhões de moradores da região. Este projeto inovador é um exemplo de como o Brasil pode enfrentar a crise ambiental e diversificar sua matriz energética.
A usina capta o metano gerado pela decomposição de resíduos orgânicos, evitando a liberação de gases do efeito estufa na atmosfera. O metano, que tem um potencial de aquecimento global 25 vezes maior que o dióxido de carbono, é coletado por uma rede de dutos subterrâneos, purificado e transformado em biometano. Este gás é utilizado para gerar eletricidade renovável e de baixo carbono, com capacidade para abastecer cerca de quinhentas mil pessoas.
O projeto, que começou em 2021, foi impulsionado pela crise hídrica que afetou as hidrelétricas do país, levando à necessidade de diversificação das fontes de energia. Atualmente, o Brasil conta com mais de oitocentas usinas desse tipo, um crescimento significativo em relação a apenas duas em 2003. A energia gerada pela usina de Paulínia é integrada ao Sistema Interligado Nacional, reforçando a segurança energética do país.
Além da geração de eletricidade, a usina também planeja expandir sua produção de biometano, que poderá ser utilizado como combustível para veículos. Essa transformação dos aterros em ecoparques, onde o lixo se torna matéria-prima, é uma tendência crescente no Brasil. A expectativa é que, nos próximos cinco anos, a produção de biometano aumente significativamente, contribuindo para a descarbonização de setores chave da economia.
Internacionalmente, projetos semelhantes têm mostrado resultados positivos. Na França, um aterro foi convertido em uma central de energia, enquanto no Reino Unido, outro aterro gera eletricidade suficiente para abastecer quatorze mil lares. Essas iniciativas demonstram que é possível transformar problemas urbanos em soluções sustentáveis, alinhando-se às demandas por fontes renováveis e redução de emissões.
O aproveitamento energético dos resíduos sólidos não se limita à geração de biometano. Há também a possibilidade de produzir fertilizantes e água tratada a partir do tratamento de resíduos. Com a crescente demanda por soluções sustentáveis, a união da sociedade civil pode ser fundamental para impulsionar projetos que transformem resíduos em recursos valiosos, promovendo um futuro mais sustentável e justo.
A ExxonMobil Brasil investiu R$ 1,1 milhão na Associação Mico-Leão-Dourado, contribuindo para o plantio de 45 mil mudas e o aumento da população de micos de 2.500 para 4.800 animais. O apoio reforça a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica.
O Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza no Rio de Janeiro busca transformar a mobilização de capital para enfrentar a lacuna de US$ 200 bilhões em financiamento climático no Brasil. Com a participação de líderes do governo e da sociedade civil, o evento visa posicionar o país como protagonista na agenda climática global, promovendo soluções que integrem desenvolvimento, inclusão e conservação ambiental.
A criação da Autoridade Climática, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta impasses sobre sua estrutura e não deve ser implementada até a COP30. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destaca a complexidade da proposta e a necessidade de um novo marco regulatório para antecipar tragédias climáticas.
O Ibama intensificará ações de combate a incêndios florestais em 2025, com a contratação de 2.600 brigadistas e a renovação da frota, visando aumentar a eficiência no manejo do fogo. A medida surge após o aumento de queimadas em 2024, com a expectativa de fortalecer a resposta a emergências ambientais.
O Brasil enfrentará um domingo, 17, marcado por queda acentuada nas temperaturas e geadas pontuais, afetando a produção de grãos como café, milho e trigo. A umidade se restringe ao Norte e litoral do Nordeste, onde ainda há previsão de chuvas. O frio e a seca devem persistir, impactando severamente a agricultura nas regiões centrais e meridionais.
A população afrodescendente foi reconhecida pela primeira vez em documentos da convenção do clima da ONU, destacando suas vulnerabilidades nas negociações sobre transição justa. O Brasil e outros países da América Latina pressionaram por essa inclusão, que representa um avanço significativo nas discussões sobre justiça social e direitos humanos.