Ibama flagra desmatamento de quase cinco mil hectares de vegetação nativa em Santa Catarina para cultivo de Pinus, enquanto uma liminar judicial impede ações contra a empresa responsável. A degradação ameaça a biodiversidade e a proteção dos Campos de Altitude.
O Ibama identificou a destruição de quase cinco mil hectares de vegetação nativa dos Campos de Altitude em Santa Catarina, um ecossistema prioritário para a conservação da Mata Atlântica. O desmatamento ocorreu em oito áreas no planalto catarinense, especialmente na Coxilha Rica, no município de Lages, com o objetivo de converter essas áreas para o plantio de monoculturas de Pinus, uma espécie exótica que pode causar sérios impactos ambientais.
As vistorias realizadas entre junho e julho de 2025, durante a Operação Mata Viva, são parte de um esforço contínuo do Ibama, que já dura mais de cinco anos, para proteger os remanescentes do bioma Mata Atlântica. A maior parte das áreas desmatadas pertence a uma empresa de celulose, que continua a expandir suas plantações de Pinus em áreas protegidas por leis federais. Apesar das evidências e das medidas administrativas tomadas, uma liminar da Justiça Federal de Florianópolis impede que o Ibama tome ações contra a empresa.
O Ibama aguarda o resultado de um recurso de agravo apresentado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Durante as operações de fiscalização, outros responsáveis pela destruição foram identificados, multados e notificados a retirar as mudas de Pinus e iniciar a recuperação da vegetação nativa, conforme o Decreto nº 6.514/08.
Um estudo recente publicado na revista Science, realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina e outras instituições, destaca a importância dos Campos de Altitude, que abrigam mais de mil e seiscentas espécies de flora, com pelo menos 25% de endemismo. O estudo alerta que, entre 2008 e 2023, cerca de cinquenta mil hectares foram convertidos em plantações de Pinus, um processo que pode se intensificar sem intervenções legais.
Além da biodiversidade, os Campos de Altitude são essenciais para a recarga de aquíferos e nascentes, regulam o clima regional e sustentam atividades tradicionais, como a produção de mel e queijo. A importância cultural desses campos foi evidenciada na 23ª Sapecada da Serra Catarinense, onde uma música vencedora denunciou a transformação da paisagem nativa em campos de Pinus, refletindo a preocupação da comunidade com a degradação ambiental.
O Ibama reafirma seu compromisso em coibir o desmatamento ilegal e garantir a recuperação dos remanescentes dos Campos de Altitude, enfatizando que a proteção ambiental é um dever constitucional. Em situações como essa, a união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a preservação e recuperação ambiental, promovendo um futuro mais sustentável para todos.
O fórum “COP30 – O que o Brasil deve entregar ao mundo em Belém” reunirá especialistas em São Paulo para discutir sustentabilidade e desafios climáticos, com foco na Conferência das Nações Unidas de 2025. O evento, promovido por VEJA e VEJA NEGÓCIOS, contará com a presença do governador do Pará, Helder Barbalho, e abordará temas como agronegócio, preservação de florestas, transição energética e financiamento da economia verde.
As Reuniões Climáticas de Junho em Bonn trouxeram avanços para a COP30, mas questões de financiamento e adaptação permanecem em impasse. Diplomacia brasileira é elogiada, mas desafios persistem.
Na Zona Oeste do Rio, iniciativas como o monitoramento das ilhas de Peças e Palmas e a criação do Parque Estadual Marinho das Praias Selvagens buscam proteger a biodiversidade e promover o turismo sustentável. Moradores e especialistas se mobilizam para garantir a preservação ambiental em meio à pressão imobiliária.
Ibama impede exportação ilegal de colônia de mandaçaias, abelhas nativas essenciais para a biodiversidade. Remetente pode enfrentar multa de até R$ 200 mil e processo criminal por tráfico de espécies.
O Brasil registrou 2.668 novas cavernas entre 2023 e 2024, totalizando 26.046 cavidades, com Minas Gerais liderando. O aumento de 11,41% destaca a relevância da pesquisa espeleológica no país.
O reality show "Chef de Alto Nível" da TV Globo, que estreou em 15 de julho, destaca-se por suas práticas sustentáveis, como uniformes reciclados e aproveitamento total dos alimentos, reduzindo o desperdício.