A COP30, que ocorrerá em novembro em Belém, é vista como um "ponto de inflexão" na luta climática, apesar da saída dos EUA do Acordo de Paris e atrasos nas NDCs de grandes emissores. André Corrêa do Lago destaca a necessidade de um alinhamento global para enfrentar os desafios climáticos.

André Corrêa do Lago, presidente da COP30, que ocorrerá em Belém, Brasil, de 10 a 21 de novembro, acredita que o evento pode ser um "ponto de inflexão" na luta contra as mudanças climáticas. Em uma carta enviada a quase 200 países participantes, ele ressaltou a importância de um "momento de alinhamento mundial", onde governos, comunidades e empresas se unam para transformar a relação da humanidade com o planeta. O diplomata reconheceu que os desafios são imensos, especialmente com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris prevista para 2026.
O ano de 2024 foi o mais quente já registrado, e a COP30 ocorre em um contexto de atrasos na apresentação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) por grandes emissores de gases do efeito estufa, como China e União Europeia. Corrêa do Lago afirmou que os países devem desenvolver suas estratégias climáticas "em seu próprio ritmo e à sua maneira", destacando que poucos países conseguiram apresentar suas propostas a tempo para as metas até 2035.
Durante uma conferência ministerial em Copenhague, o presidente da COP30 expressou otimismo sobre o comprometimento dos países em avançar no desenvolvimento de suas NDCs. Ele acredita que até setembro um número significativo de nações apresentará suas propostas. A diretora-executiva da COP30, Ana Toni, também comentou sobre a evolução das propostas, que agora incluem planos setoriais e estratégias para atrair investimentos.
O presidente da China, Xi Jinping, anunciou um plano abrangente que considera todos os gases de efeito estufa, não apenas o dióxido de carbono, reafirmando o compromisso da China em combater o aquecimento global. Corrêa do Lago alertou sobre o risco de enfrentar novas crises com estratégias ultrapassadas, enfatizando a necessidade de adaptação às mudanças nas ciências e tecnologias.
Na carta, o presidente da COP30 expressou o desejo de que a conferência amplie a ação climática além das negociações, buscando uma mudança significativa na relação da humanidade com o planeta. A expectativa é que a COP30 não apenas aborde os desafios climáticos, mas também promova um alinhamento global em torno de soluções sustentáveis.
Em tempos de incerteza climática, é essencial que a sociedade civil se mobilize para apoiar iniciativas que visem a preservação do meio ambiente. Projetos que promovam a sustentabilidade e a ação climática devem ser incentivados, pois podem fazer a diferença na luta contra as mudanças climáticas e na construção de um futuro mais sustentável.

O Brasil solicita que países apresentem suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) até 25 de setembro, visando a COP30 em Belém, onde a Amazônia será central nas negociações climáticas.

Ambientalistas, liderados por Isabelle de Loys, denunciam o plantio irregular de espécies invasoras no Parque do Flamengo, patrimônio tombado pelo Iphan e reconhecido pela Unesco, exigindo ações da prefeitura.

O Ministério do Meio Ambiente anunciou uma queda expressiva de 65,8% nas áreas queimadas e 46,4% nos focos de calor no Brasil no primeiro semestre de 2025, destacando uma redução de 97,8% no Pantanal. Essa melhora reflete ações governamentais eficazes e a necessidade de continuidade na luta contra as queimadas.

Após as devastadoras enchentes de 2024, o Rio Grande do Sul inicia projetos de reflorestamento, como Reflora e Muda, mas ambientalistas clamam por ações mais eficazes e rápidas para prevenir novas tragédias.

A economia do Rio Grande do Sul, após um crescimento de 4,9% em 2024, enfrenta novos desafios em 2025 devido à estiagem que afeta a produção de soja, prevendo-se um crescimento de apenas 1%.

Cientistas da UC-Davis lideram um projeto de US$ 30 milhões para editar geneticamente micróbios no rúmen de vacas, visando reduzir as emissões de metano, um dos principais gases do efeito estufa.