Johan Rockström alerta que seis dos nove limites planetários foram ultrapassados, com um sétimo prestes a ser cruzado, exigindo ações urgentes para evitar colapsos ambientais. Ele destaca a necessidade de governança global e soluções sustentáveis para garantir um futuro viável.

O cientista sueco Johan Rockström, diretor do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto Climático, expressa sua preocupação com os limites planetários, dos quais seis já foram ultrapassados. Ele alerta que um sétimo, relacionado à acidificação dos oceanos, está prestes a ser cruzado. Rockström descreve o atual cenário como o mais sombrio de sua carreira, devido à crescente instabilidade política e às dificuldades nas negociações climáticas, como as que ocorrerão na COP-30 em Belém (PA).
Entre suas principais preocupações está o colapso da Floresta Amazônica, que pode ser irreversível se ultrapassarmos um ponto crítico. Ele destaca que a interação entre clima, biodiversidade e uso da terra é crucial para a estabilidade da Amazônia. Dados recentes indicam que a temperatura que pode levar a esse colapso é bem mais baixa do que se pensava anteriormente, entre 1,5°C e 2°C de aumento na temperatura média global.
Além da Amazônia, Rockström menciona a proximidade de pontos de não retorno em outros ecossistemas, como os recifes de corais tropicais e as camadas de gelo da Antártida. Ele enfatiza que a combinação de múltiplos limites planetários está acelerando a taxa de aquecimento global, que se intensificou desde 2014, superando as previsões científicas anteriores.
O cientista ressalta que, apesar dos desafios, existem soluções viáveis para reverter a situação. Ele afirma que é possível remover gases de efeito estufa da atmosfera, restaurar a biodiversidade e replantar florestas. Rockström acredita que a transição para práticas sustentáveis não só é necessária, mas também pode resultar em economias mais competitivas e sociedades mais saudáveis.
Ele critica a falta de ação global em um momento em que a governança e a colaboração internacional são mais necessárias do que nunca. A turbulência política e o aumento do nacionalismo dificultam a implementação de políticas ambientais eficazes. Rockström destaca que o fracasso em agir não é inevitável, mas uma escolha que a sociedade deve enfrentar.
O cientista conclui que a adoção de soluções sustentáveis pode levar a um futuro mais próspero e estável. Ele observa que, mesmo sem acreditar nas mudanças climáticas, optar pela sustentabilidade é uma escolha que beneficiará a economia e a qualidade de vida. Em tempos de crise ambiental, a união da sociedade pode ser a chave para apoiar iniciativas que promovam a recuperação e a proteção do nosso planeta.

São Paulo abriga mais de 200 rios e córregos, a maioria encoberta por urbanização. O projeto Rios e Ruas busca conscientizar sobre a importância da água na cidade, promovendo eventos educativos.

São Paulo inaugurou a Floresta Municipal Fazenda Castanheiras, com 250 hectares, parte do projeto São Paulo Capital Verde, visando ampliar áreas protegidas e promover ecoturismo e educação ambiental. A floresta será ampliada para 400 hectares e busca gerar renda sustentável para a comunidade local.

Ibama apreende embarcação por pesca ilegal de tainha na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, autuando o responsável e doando o pescado a instituições sociais. A operação visa proteger a espécie em seu ciclo reprodutivo.

Após ser multada por despejo de esgoto na Represa de Guarapiranga, a Sabesp anunciou um investimento de R$ 2,57 bilhões para universalizar o saneamento na região até 2029, com 23 novas estações elevatórias e 650 km de redes.

A casca do abacate, frequentemente descartada, pode ser reutilizada como fertilizante, esfoliante e tratamento capilar, promovendo sustentabilidade e autocuidado. Essa prática simples e econômica transforma resíduos em aliados para a beleza e o cultivo.

A COP30 será realizada em Belém, Brasil, apesar das críticas sobre preços altos de hospedagem. O governo busca soluções acessíveis antes do prazo da ONU em 11 de agosto. André Corrêa do Lago e Ana Toni, líderes da conferência, reafirmaram a escolha da sede, enfrentando preocupações logísticas e a possibilidade de boicotes de nações participantes.