O preço do café arábica disparou 70% em 2024, refletindo os impactos das mudanças climáticas nas lavouras brasileiras. Produtores enfrentam perdas e buscam novas técnicas para adaptação.
O preço do café arábica subiu setenta por cento na bolsa de Nova York em 2024, refletindo uma tendência de alta que deve persistir pelos próximos quatro anos. Essa elevação é impulsionada por condições climáticas extremas, que têm afetado a produtividade nas principais regiões produtoras, como o Brasil. O aumento das temperaturas e a ocorrência de secas prolongadas têm prejudicado a florada das plantas, resultando em perdas significativas nas lavouras.
As mudanças climáticas têm um impacto direto na produção de café, especialmente no tipo arábica, que é o mais cultivado no Brasil. Essa variedade se desenvolve melhor em temperaturas entre dezoito e vinte e dois graus Celsius. Contudo, o aquecimento global já elevou a temperatura média em cerca de um grau Celsius desde a era pré-industrial, e as previsões indicam um aumento adicional de até um grau e meio nas próximas décadas, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Esse aumento de temperatura pode gerar estresse nas plantas, comprometendo colheitas inteiras em algumas áreas. Além disso, o calor intenso favorece a proliferação de pragas e doenças, elevando os custos para os produtores e reduzindo ainda mais a produtividade. Regiões como São Paulo e Minas Gerais, que são tradicionais na produção de café, correm o risco de perder sua relevância no cultivo se as condições climáticas continuarem a se deteriorar.
Os efeitos dessa crise climática já são sentidos pelos consumidores. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) reportou que os preços globais do café aumentaram quase quarenta por cento no último ano. A expectativa é que essa alta continue, variando conforme o país e a região. Os produtores estão buscando alternativas, como o cultivo de café à sombra de árvores, que ajuda a preservar a umidade e a amenizar o calor.
Essas novas técnicas visam mitigar os impactos das mudanças climáticas, mas mesmo assim, o preço do café na xícara continua a subir. O cenário atual exige uma resposta coletiva para enfrentar os desafios impostos por um planeta em aquecimento. A adaptação e a inovação são essenciais para garantir a sustentabilidade da produção de café e a segurança alimentar.
Nesta situação, a união da sociedade pode fazer a diferença. Projetos que visem apoiar os produtores e promover práticas agrícolas sustentáveis são fundamentais para enfrentar os desafios climáticos. A mobilização em torno dessas iniciativas pode ajudar a garantir um futuro mais estável para a produção de café e para todos que dependem dessa cultura.

O fim de semana no Brasil será marcado por chuvas intensas no Norte e Nordeste, especialmente na Bahia, enquanto o Centro-Sul enfrentará frio e tempo seco, com mínimas abaixo de 14°C. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas para riscos de alagamentos e quedas de energia.

Durante a celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o secretário executivo João Paulo Capobianco debateram a tramitação do projeto de lei sobre licenciamento ambiental, criticando sua aceleração no Senado. Capobianco alertou que a versão aprovada compromete a estrutura do sistema de licenciamento, retrocedendo em termos de prevenção de impactos ambientais. O governo busca agora um consenso que preserve os avanços ambientais.

O metano, um gás de efeito estufa, foi negligenciado por anos, mas sua redução é agora urgente. A indústria de petróleo e gás se comprometeu a reduzir emissões até 2030, embora o progresso seja lento.

Pesquisadores descobriram um jequitibá-rosa de 65 metros na Reserva Biológica da Mata Escura, a maior árvore viva da Mata Atlântica, superando um registro anterior. A descoberta ressalta a importância da conservação do bioma.

Estudo da Unesp revela que a crise climática pode reduzir em até 50% as áreas de cultivo de café no Brasil até 2080, afetando especialmente Minas Gerais. Técnicas de manejo são sugeridas.

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, se retirou de comissão do Senado após ofensas e criticou a flexibilização do licenciamento ambiental, que pode comprometer a proteção ambiental no Brasil.