Pesquisadores descobriram um jequitibá-rosa de 65 metros na Reserva Biológica da Mata Escura, a maior árvore viva da Mata Atlântica, superando um registro anterior. A descoberta ressalta a importância da conservação do bioma.
A Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do Brasil, ganhou destaque com a descoberta de um jequitibá-rosa de 65 metros na Reserva Biológica da Mata Escura, localizada no Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais. Este exemplar se tornou a maior árvore viva conhecida da região, superando o recorde anterior de 64 metros. A reserva, criada em 2003, abrange quase 51 mil hectares de floresta intocada, um refúgio para espécies ameaçadas e um importante remanescente do bioma.
O biólogo Fabiano Melo, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), fez a descoberta enquanto sobrevoava a floresta com um drone, inicialmente em busca do muriqui-do-norte, um primata ameaçado de extinção. Ao avistar a árvore gigante, ele decidiu investigar mais a fundo. Após a confirmação da altura e do diâmetro de 5,5 metros, Melo estimou que a árvore tem pelo menos 300 anos, um testemunho da resiliência da natureza diante da exploração madeireira.
A árvore, identificada como Cariniana legalis, apresenta características incomuns para sua espécie, que normalmente tende a engrossar o tronco com a idade. Melo acredita que o crescimento vertical pode ser uma adaptação para captar mais luz, já que a árvore está situada em um vale que recebe pouca luz solar durante a tarde. Essa descoberta não apenas destaca a importância da árvore, mas também a necessidade de proteção das áreas remanescentes da Mata Atlântica.
Ricardo Cardim, botânico e autor do livro “Remanescentes da Mata Atlântica”, enfatiza a importância da preservação de árvores seculares como o jequitibá-rosa. Ele alerta que apenas 12,4% da Mata Atlântica original permanece intacta, e que ações de restauração e conexão dos fragmentos florestais são essenciais para aumentar a resiliência do bioma às mudanças climáticas. Cardim descreve a árvore como um “monumento verde” que precisa ser protegido.
A descoberta do jequitibá-rosa gigante não apenas enriquece o conhecimento sobre a biodiversidade da Mata Atlântica, mas também serve como um chamado à ação para a conservação. A preservação de áreas como a Reserva Biológica da Mata Escura é crucial para garantir a sobrevivência de espécies ameaçadas e a manutenção de ecossistemas saudáveis. A união da sociedade civil é fundamental para apoiar iniciativas que visem a proteção e restauração desse bioma tão ameaçado.
Em tempos de crise ambiental, a mobilização da comunidade pode fazer a diferença. Projetos que visem a conservação e restauração da Mata Atlântica são essenciais e podem ser impulsionados por ações coletivas. A preservação de árvores como o jequitibá-rosa é um passo importante para garantir que as futuras gerações possam desfrutar da rica biodiversidade que esse bioma oferece.
Anitta protesta contra leilão de áreas verdes em Salvador, destacando a importância da preservação ambiental. A Justiça já suspendeu um leilão no Morro do Ipiranga, enquanto o prefeito Bruno Reis defende a venda como uma forma de gerar recursos.
A COP30 critica métodos ultrapassados no combate às mudanças climáticas e propõe um sistema de "contribuições autodeterminadas", sem mencionar combustíveis fósseis. O foco é integrar mais atores na luta climática.
O Brasil alcançou a meta de reciclar 25% das embalagens de vidro em 2024, com o Distrito Federal superando a média nacional. A reciclagem de vidro no país cresceu de 11% para 25,1% em cinco anos.
A Operação Mata Viva do Ibama embargou mais de 1.600 hectares da Mata Atlântica no Rio Grande do Norte, resultando em R$ 2 milhões em multas por atividades ilegais. Apenas 2,5% da cobertura original do bioma permanece.
Um estudo recente indica que as temperaturas globais podem subir mais rapidamente do que se esperava, afetando severamente a agricultura e a saúde pública, o que demanda ações imediatas.
Chuvas intensas em abril de 2025 impactaram o Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, com Teresópolis registrando um aumento de 548% em precipitações. O Nordeste também enfrentou calor extremo, atingindo 40°C em São João do Piauí.