Brasil se destaca na transição energética global, com 50% de sua matriz proveniente de fontes renováveis, em evento da “COP30 Amazônia”, onde especialistas discutem desafios e oportunidades para o setor.

A capacidade do Brasil de liderar a transição energética é amplamente reconhecida. Durante o evento “COP30 Amazônia”, realizado em 18 de junho no Rio de Janeiro, especialistas destacaram que o país possui uma matriz energética mais limpa, com cinquenta por cento da energia proveniente de fontes renováveis, em comparação com apenas quinze por cento nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Quando se analisa a geração de eletricidade, esse percentual sobe para quase noventa por cento.
Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica), enfatizou que o Brasil, que sediará a COP30 em Belém (PA) em novembro, está em um momento crucial para discutir a reindustrialização através de indústrias verdes. Nos últimos quatro anos, o Congresso Nacional aprovou projetos de lei que visam implementar um plano de transformação ecológica, incluindo marcos legais para hidrogênio verde e energias eólicas offshore.
A vice-presidente do conselho diretor da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Bárbara Rubim, apontou que o Brasil tem potencial para expandir a oferta de energia limpa de forma eficiente. Contudo, ela alertou sobre a falta de continuidade na execução dos planos, o que pode comprometer o avanço do setor. A busca constante por inovações pode desviar a atenção do que já foi planejado.
Ricardo Baitelo, gerente de projetos do Instituto de Energia e Meio Ambiente, classificou os avanços em energia renovável como “impressionantes”, citando o crescimento da energia solar, que deve passar de dez gigawatts (GW) em 2020 para quase sessenta GW em 2025. No entanto, ele destacou a necessidade de equilibrar a geração com o consumo, especialmente devido à intermitência das fontes eólicas e solares.
Os especialistas também criticaram a inclusão de “jabutis” em projetos de lei, que podem encarecer as contas de luz em até R$ 197 bilhões nos próximos vinte e cinco anos. Gannoum afirmou que o setor de energia não precisa mais de subsídios, e que a inclusão de emendas sem relação com o tema principal prejudica a execução de projetos essenciais para a transição energética.
O projeto “COP30 Amazônia” conta com o patrocínio de empresas como Eletrobras, JBS e Vale, além do apoio de governos estaduais e instituições financeiras. Em um momento em que a transição energética é crucial, a união da sociedade civil pode ser fundamental para impulsionar iniciativas que promovam uma economia de baixo carbono e garantam um futuro sustentável para todos.

A Defesa Civil de São Paulo alerta para risco de incêndios florestais devido a altas temperaturas e baixa umidade, com previsão de chuvas isoladas após nova frente fria. A conscientização é essencial.

O Jardim Botânico de Brasília iniciará a substituição de pinheiros por espécies nativas, gerando polêmica entre moradores que valorizam a memória afetiva das árvores. A mudança visa combater a invasão de espécies exóticas no Cerrado.

Estudo na revista Nature revela aumento de ácidos orgânicos nas chuvas, intensificando a acidez e a toxicidade, com riscos ambientais e à saúde, decorrentes da poluição industrial e queima de biomassa.

O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, em Minas Gerais, foi declarado Patrimônio Mundial Natural pela Unesco, destacando sua importância geológica e arqueológica. O reconhecimento impulsiona ecoturismo e inclusão social, beneficiando comunidades locais.

O BNDES e o Ministério do Meio Ambiente anunciaram R$ 210 milhões para revitalizar o Fundo Amazônia, priorizando parcerias com municípios na luta contra o desmatamento. A iniciativa visa reduzir pela metade a destruição florestal em estados críticos, beneficiando mais de 14 mil famílias com projetos sustentáveis.

São Paulo lançará em agosto um projeto piloto que oferece créditos no Bilhete Único para ciclistas, com inscrições até 30 de junho, visando avaliar incentivos financeiros na mobilidade urbana. A iniciativa, apoiada por instituições como a USP e a FGV, busca entender o impacto de recompensas financeiras no uso de bicicletas, promovendo a redução do transporte motorizado. O experimento, que durará três meses, requer que os voluntários sejam maiores de idade, moradores da cidade e possuam uma bicicleta.