A bióloga Gisele Marquardt, da UFPR, revelou transformações climáticas na bacia de Colônia, SP, por meio de diatomáceas, destacando a complexidade das respostas ambientais ao longo de 500 mil anos.

Pesquisas recentes destacam a relevância das diatomáceas como bioindicadores em estudos paleoambientais. A bióloga Gisele Marquardt, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), identificou transformações ambientais na bacia de Colônia, em São Paulo, utilizando esses organismos microscópicos. Sua investigação revelou padrões climáticos complexos e uma diversidade de espécies nunca antes descritas, contribuindo para a compreensão do clima da Mata Atlântica durante o Pleistoceno Médio.
As diatomáceas são microalgas unicelulares que possuem uma parede celular rígida de sílica, o que garante sua preservação em sedimentos por milhares de anos. Elas habitam ambientes aquáticos e sua presença indica características específicas do ecossistema, como tipo de água e profundidade. Marquardt analisou sedimentos da bacia de Colônia, uma cratera geológica de aproximadamente 3,6 quilômetros de diâmetro, considerada um dos mais importantes sítios paleoclimáticos tropicais do mundo.
A análise dos sedimentos revelou um padrão climático recorrente: durante os períodos glaciais, com temperaturas mais baixas, houve maior umidade e expansão de corpos d'água, resultando em alagamentos. Em contrapartida, os períodos interglaciais, associados ao aumento das temperaturas, mostraram climas mais secos e retração hídrica. Marquardt destacou que a transformação do lago em turfeira ocorreu em fases distintas, começando pela borda e avançando para o centro.
Além das variações climáticas, a transição para turfeira foi influenciada por fatores locais, como geologia e cobertura vegetal. Isso sugere que ecossistemas tropicais respondem de maneira diferenciada às mudanças climáticas. Os dados coletados, que datam de 500 mil anos atrás, revelam um processo mais complexo do que se imaginava, indicando que as transformações ambientais são influenciadas por fatores locais, além das mudanças climáticas globais.
A coleta das diatomáceas foi realizada com um sistema de martelamento manual, permitindo a extração de amostras de sedimentos a diferentes profundidades. Os pesquisadores contaram mais de 400 valvas em cada lâmina analisada, identificando espécies planctônicas e bentônicas. A presença de diatomáceas planctônicas sugere um lago ativo, enquanto as bentônicas indicam ambientes rasos ou em transição para turfeira, revelando fases secas ou vegetação densa.
O estudo de Marquardt, publicado na revista científica Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, foi comparado a registros do lago Titicaca, mostrando respostas climáticas semelhantes, mas com diferenças nas espécies de diatomáceas. Essa pesquisa ressalta a importância de monitorar ecossistemas em tempos de mudanças climáticas, pois a preservação desses ambientes é crucial. A união da sociedade pode ser fundamental para apoiar iniciativas que visem a conservação e o manejo adequado de áreas úmidas.

A Ambipar inicia testes com o biocombustível Be8 BeVant em Santa Catarina, visando reduzir até 99% as emissões de gases de efeito estufa em suas operações logísticas. A parceria com a Be8 reforça a busca por soluções sustentáveis.

Após o desabamento do Aterro Sanitário Ouro Verde em Padre Bernardo (GO), a Secretaria de Meio Ambiente de Goiás anunciou o desvio do córrego Santa Bárbara e a remoção de 42 mil metros cúbicos de lixo. A empresa Ouro Verde se comprometeu a colaborar com as autoridades na recuperação ambiental.

Fafá de Belém participará do sarau Ciência e Vozes da Amazônia em Lisboa, em julho, e do Fórum Varanda da Amazônia em Belém, em outubro, abordando justiça climática e saberes tradicionais. A artista destaca a importância da Amazônia como centro de vida e cultura, promovendo discussões sobre sustentabilidade e bioeconomia.

Tapetes de Corpus Christi no Santuário Cristo Redentor foram feitos com tampinhas de garrafa trituradas, promovendo sustentabilidade e celebrando a década da Carta Encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco. A iniciativa, liderada pelo Consórcio Cristo Sustentável, envolveu cerca de 400 quilos de tampinhas coletadas por voluntários, unindo fé, arte e consciência ambiental.

A ISA Energia, com um investimento de R$ 150 milhões, lançou o primeiro sistema de armazenamento em baterias em larga escala do Brasil, visando estabilizar a rede elétrica e evitar apagões. A empresa planeja investir R$ 5,5 bilhões nos próximos cinco anos para expandir essa tecnologia, que já demonstrou eficácia em atender a demanda sazonal no litoral paulista.

Estudo da UFRJ aponta que praias da Zona Sul do Rio, como Copacabana e Ipanema, podem perder até 100 metros de faixa de areia até 2100 devido à elevação do nível do mar e inundações permanentes.