Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, se retirou de comissão do Senado após ofensas e criticou a flexibilização do licenciamento ambiental, que pode comprometer a proteção ambiental no Brasil.
Após a recente aprovação da flexibilização do licenciamento ambiental, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, expressou sua preocupação com os impactos negativos que essa medida pode ter na proteção ambiental. Em entrevista, ela destacou que, apesar das divergências, a agenda ambiental continua avançando no Executivo, com o apoio de diversos ministérios. Marina afirmou que o governo tem se esforçado para reduzir o desmatamento no Brasil, mesmo diante de contradições.
No último dia 28, Marina Silva se retirou da Comissão de Infraestrutura do Senado após ser alvo de ofensas, principalmente do senador Plínio Valério (PSDB-AM). O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou apoio à ministra. A aprovação do licenciamento ambiental, que ocorreu na mesma semana, gerou protestos e críticas de Marina, que acredita que o governo a deixou isolada em sua defesa da agenda ambiental.
Marina Silva considerou os ataques que sofreu no Senado como inaceitáveis e afirmou que sua retirada foi um ato político. Ela enfatizou a necessidade de mecanismos de autocorreção para lidar com comportamentos inadequados dentro do Senado. A ministra também mencionou que já está tomando medidas legais em resposta às ofensas que recebeu.
Sobre a flexibilização do licenciamento, Marina criticou a falta de diálogo e a aprovação de um relatório que não foi amplamente discutido. Ela alertou que a nova legislação pode criar uma competição entre estados e municípios para atrair investimentos, prejudicando a proteção ambiental. Marina destacou que a licença por adesão e compromisso deve ser restrita a atividades de baixo impacto, citando tragédias como os desastres de Mariana e Brumadinho como exemplos de riscos associados a atividades de médio impacto.
A ministra também abordou a importância da legislação ambiental para o cumprimento das metas de redução de desmatamento e emissão de gases de efeito estufa. Ela ressaltou que a proteção ambiental é crucial não apenas para a imagem do Brasil em eventos internacionais, como a Conferência das Partes (COP), mas também para os interesses econômicos do país. Marina acredita que a mobilização da sociedade é fundamental para que os parlamentares reconsiderem suas posições em relação à agenda ambiental.
Em um momento em que a agenda ambiental enfrenta desafios, a união da sociedade pode ser decisiva para promover mudanças significativas. Projetos que visam a proteção do meio ambiente e a recuperação de áreas degradadas precisam de apoio e incentivo. A mobilização social pode ser a chave para garantir que a voz da proteção ambiental seja ouvida e respeitada, contribuindo para um futuro mais sustentável.
Dr. Carlos Nobre introduziu o termo "Trumping Point", referindo-se ao impacto sociopolítico das decisões de Donald Trump na luta contra as mudanças climáticas, destacando a urgência da COP30 no Brasil.
Nesta sexta-feira (17/7), Brasília registrou a menor temperatura do ano, 10,1°C, com risco elevado de incêndios florestais e choque térmico devido à baixa umidade do ar, que pode afetar a saúde da população.
O governo federal brasileiro criou o Refúgio de Vida Silvestre Soldadinho-do-Araripe, no Ceará, e ampliou a APA Costa dos Corais, somando mais de 141 mil hectares de áreas protegidas. O evento, realizado em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente, contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e do secretário-executivo João Paulo Capobianco. O refúgio visa proteger o habitat do soldadinho-do-araripe, espécie criticamente ameaçada, e restaurar a vegetação nativa.
A instalação "Forest Gens" na 19ª Bienal de Veneza revela a Amazônia como um espaço moldado por milênios de engenharia humana, desafiando a visão de floresta intocada e propondo novas soluções para conservação e urbanização. A obra, que combina mapas e dados históricos, destaca a interação entre cultura e natureza, sugerindo que cidades amazônicas podem liderar a transição climática.
O Brasil enfrenta a pior seca em 45 anos, com chuvas reduzidas a 850 mm, impactando a energia e a agricultura. O iCS lançará o Hub de Economia & Clima para promover pesquisas sobre essas interações.
Ibama capacita pilotos em Porto Seguro para combate aéreo a incêndios florestais. Treinamentos visam eficiência e segurança nas operações, preparando equipes para o período crítico de queimadas.